RAMOS DE SANTA BARBARA

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Leona Bonemer

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Leona Bonemer.

  A CERIMÔNIA TERMINOU RÁPIDO e se saiu melhor do que o esperado. Eu ainda podia sentir a sensação dos lábios de Michael formigando em minha boca. Enquanto ele conversava entusiasmadamente com a esposa de Sayer e brincava com a neném deles, fui cumprimentar e conhecer as pessoas. Aquela sim foi uma missão difícil. Não haviam muitos convidados; Elizabeth Taylor, Katherine, Janet e LaToya Jackson, Sayer com sua esposa Manoella e gente da equipe pessoal de Jackson.

— Adorei como o vestido serviu bem em você. –Taylor elogiou. — Brigitte era uma ótima atriz.

— A senhora também. –cumprimentei com um sorriso. — Obrigada pela presença, é uma honra conhecê-la.

— Você é mais bonita do que Michael deixou parecer. –disse, se aproximando e alisando meu rosto. — Não precisa fingir pra mim, sei muito bem o que esse casamento é. Ele me contou.

Engoli seco, sem saber o que responder. Era realmente um teatro onde todos estavam encenando uma realidade inventada e posando para fotos.

— Se você tentar prejudicar Michael de qualquer maneira, –continuou, falando baixo– pode ter certeza que jamais a deixarei sair ilesa disso.

Eu dei um sorriso incrédulo, franzindo o cenho.

— Está me ameaçando?

— Oh, não, querida! –a atriz soltou uma risada. — Lide como quiser.

— Respeitosamente, seria melhor se a senhora não se intrometesse e julgasse minha índole sem sequer saber os motivos pelos quais estou aqui. –rebati. 

— Acho que nos daremos bem, Leona. –Elizabeth sorriu, erguendo a taça de champanhe. — Agora, vá falar com a sua sogra. Daqui a pouco ficará perceptível que você está fugindo dela.

  Assenti, observando Katherine conversar com as filhas de longe. Tomei o último gole da taça e acenei para Michael, que nos observava afastado. Ele se aproximou e depois de cumprimentar Elizabeth Taylor, eu o puxei para um canto onde ninguém nos ouviria.

— O que Elizabeth falou? –perguntou. — Você está toda vermelha.

— Ela me testou com uma ameaça, mas não foi por isso que te chamei, apesar de ter sido ridículo. –bufei. Não podia me estressar com aquilo, eu tinha uma obrigação mais importante. — Você tem que me apresentar para sua família.

— Parou de correr delas? –Jackson riu e logo ficou sério quando viu minha cara. — Ok, finja que estamos conversando algo agradável e dê um sorrisinho.

— Não vejo a hora de irmos embora. –murmurei baixinho entre um sorriso forçado.

— Eu também não. –ele concordou e me deu um selinho. — Vamos.

POTESTADEWhere stories live. Discover now