O HERÓI REVELADO

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Leona Bonemer

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Leona Bonemer.
1991.

   COLOQUEI OS PÉS EM UM PADDOCK PELA PRIMEIRA VEZ aos meus onze anos de idade. Aos 24, eu estava novamente pisando no concreto de Interlagos, dessa vez realizando o meu sonho. Eu era jornalista esportiva da Globo e que se dane que fosse um contrato temporário.

Pensei que seria pior do que no Jornal do Brasil, mas na Fórmula 1 eles simplesmente não ligavam pra mim. Umas olhadas curiosas aqui e ali, nada além disso. Eu não sabia o que era pior: ser perseguida ou desprezada. Eles pareciam certos de que na primeira semana de GP eu desistiria de tudo e voltaria para casa. Um grande engano.

Foi um desafio enorme tentar me ajustar trabalhando ao lado de nomes como Galvão Bueno e Reginaldo Leme, era meio que inacreditável e meu maior medo era ser comparada à eles. Ambos foram muito gentis comigo. Não pareciam incomodados por eu estar ali, pelo contrário, me ofereceram toda a ajuda possível. Me acostumei rápido e tive a oportunidade de pegar o Grande Prêmio do Brasil de 1991 em minha primeira semana exercendo a profissão que tanto quis.

A grade era organizada em quatro dias: conferência de pilotos às quinta-feiras, treinos às sextas, disputa pela pole position aos sábados e o dia mais importante era o consagrado domingo de corrida.

Na quinta-feira após a conferência geral de pilotos, Ayrton Senna concedeu uma entrevista pessoal com os jornalistas para falar mais sobre as esperanças para ganhar o terceiro título mundial na F-1 e sobre seu futuro no esporte.

Apesar de amplo, o local estava quente e as pessoas se apertavam para tentar chegar na frente e serem notadas melhor pelo piloto do grid. Um homem puxou meu braço, tentando me tirar de onde eu estava e o encarei com raiva.

— Me solta, porra! –esbravejei, mas ele não pareceu entender minha língua.

O homem continuou puxando e o empurrei, o que causou um burburinho entre os outros jornalistas que também acabaram sendo empurrados. Disparei um chute na canela do homem que me segurava, meu salto de bico fino o machucou e ele finalmente largou meu braço. Com sorte, não fiquei marcada.

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