PRÓLOGO: ULTIMATO

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NEVERLAND | SANTA BARBARA

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NEVERLAND | SANTA BARBARA.
Michael Jackson, maio de 1992.

︎ ︎♪

  ENTRAR EM TURNÊ NOVAMENTE NÃO ESTAVA em meus planos. Deus sabe como amo meus fãs, porém toda turnê era um inferno para mim. Eu simplesmente odiava, mas a Dangerous World Tour teve um propósito maior.

— Todo o dinheiro arrecadado será para a Heal The World Foundation, correto? –Dolph perguntou e assenti, determinado.

— Cada centavo.

— Tenho muito orgulho de você, filho. –ele sorriu, dando um tapinha no meu ombro.

Para o mundo, Rudolph Durand era somente o meu advogado. Entretanto, Dolph era muito mais que alguém que trabalhava pra mim; ele atuava diretamente ao meu lado desde 1980, poucos anos antes do lançamento de Thriller.

Rudolph atuava como advogado criminalista antes de abandonar a carreira para focar cem por cento em mim. Desde então, ele adotou um estilo de vida totalmente restrito e sigiloso. Raramente saia em público comigo e não mantinha nenhum contato com a mídia – esse trabalho ficava para os jurídicos de imagem.

Com o tempo, encontrei em Dolph a figura paterna que Joseph nunca havia sido para mim. Eu tinha alguém com quem conversar durante os momentos difíceis, assuntos pessoais, dúvidas sobre a vida que qualquer filho se sentiria confortável em perguntar para o pai. Não só Rudolph se tornou mais próximo de mim do que minha própria família, mas sua esposa Harriet e seu filho também. Damien Durand era três anos mais velho que eu e o conheci em 1982, imediatamente gostamos um do outro e nos tornamos melhores amigos.

O que eu mais apreciava nos Durand era a lealdade e carinho comigo porque mesmo após tantos anos de trabalho e amizade eles jamais usaram disso para tentar conseguir algo ou expôr nosso convívio. Toda aquela proteção, na verdade, não foi unicamente por Rudolph ser meu advogado. Afinal, Damien era meu melhor amigo e a mídia não fazia idéia disso. Ele nunca quis que fôssemos vistos juntos, tanto para a minha privacidade quanto para dele e de sua família.

De primeira, Damien não cogitava seguir a carreira do pai e quis cursar medicina, porém não se adaptou e resolveu migrar para Direito em Princeton. Ele começou a faculdade em 1983 e no final da década de oitenta já estava formado.

— Temos um tópico chatinho e importante para conversar hoje. –Dam ergueu uma sobrancelha, brincando com a caneta entre os dedos como se fosse um skate na mesa.

— Qual? –fiz a mesma expressão de dúvida que ele, estalando os dedos.

— É sobre você e sua carreira. –Rudolph falou.

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