MY DEAR GIRL

OITO

Certo, Bambam tem razão, estou com péssimo mal humor no dia de hoje, mas provavelmente estou para ficar nos dias vermelhos, então nem tudo gira em torno de Jennie Kim.

Quem eu quero enganar?

Ainda estou com um turbilhão de pensamentos desgastantes e um deles é ela, provavelmente Jennie já chegou em sua casa e só de pensar que não posso ir vê-la me deixa ainda pior.

Bem, ninguém me proibiu de fazer isso além de eu mesma, não quero estar em cima dela para que lembre de sua memória o quanto antes, tenho certeza que Jennie está com problemas demais no momento.

Também estou preocupada que ela esteja com muita dor, mas preciso ser paciente e deixar o tempo curar toda essa dor me rodeando.

— Estressada? — Jackson pergunta, quando fecho meu armário.

Sorrio para ele. — Um pouquinho. — tento trancar o armário, mas parece que hoje tudo e todos estão dificultando para mim — Que inferno! — xingo baixinho.

Jackson pega minha mão e retira do local onde tranca, ele fecha com a maior calma do mundo e consegue trancar em segundos. Seus olhos agora estão em mim, eu sei o que ele está pensando.

— Estou bem.

Meu amigo gêmeo levantou uma sobrancelha. — Está?

Suspirando, me encostei no armário, fechando os olhos. Estou com uma vontade imensa de chorar, quero ficar trancada no meu mundo solitário, essa tristeza está acabando comigo.

— Não...

Jackson se posicionou na minha frente. — Eu sei.

— Não tem o que fazer, Jack, apenas aceitar essa merda toda. — falei.

Meu amigo colocou meu cabelo atrás da orelha. — Sempre há uma saída.

— Não dessa vez.

— Você está tão nervosa com isso tudo, que nem percebe que sempre há. — fala, agora sorrindo.

Confusão me atingiu. — O quê seria então?

— Tente reconquistá-la. — balançou os ombros.

Revirei os olhos. — Claro. — ironizei, caminhando em direção ao pátio, sentindo Jackson me seguir.

— Olha, eu sei que é uma situação difícil, tudo bem? — ele me acompanha — Mas você precis...

Viro rapidamente pra ele. — Não, você não sabe! — digo firmemente — Ninguém sabe como estou me sentindo desdo acidente, sabe porque? — segurei a vontade de chorar — Eu estava lá com ela, eu vi tudo aquilo acontecer, agora ela perdeu a memória e não lembra de absolutamente nada! — apontei o dedo pra ele — Não venha falar que você entende o que está acontecendo, porque ninguém entende merda alguma!