TRINTE E DOIS

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Uma luz forte vem contra o meu rosto, eu me assusto por um momento, mas então percebo que é minha vó abrindo a cortina da minha sacada

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Uma luz forte vem contra o meu rosto, eu me assusto por um momento, mas então percebo que é minha vó abrindo a cortina da minha sacada.

— Vamos acordar, vamos acordar! — fala alto, na intenção de me acordar.

Coloco um travesseiro sobrando contra meu rosto. — Ainda está cedo, vovó...

Minha vó ri alto da minha voz meio grogue de sono, ela puxa a coberta do meu corpo e eu me encolho. O calor lá de fora exala da sacada, mas por eu ainda estar morrendo de sono, estou com frio.

— Vamos, filha! — senta na cama, ao meu lado — Acorde para terminar de limpar seu quarto.

Levanto o rosto do travesseiro. — Preguiça. — sorri para ela.

Vovó começa a catar minhas roupas sujas pelo canto, então eu simplesmente me sento na cama, esfrego as mãos no rosto e a encaro.

— Que horas são?

— 11h45. — ela diz, segurando um bolinho de roupa minha — Eu sei que é sábado, mas você precisa levantar e começar a deixar seu dia produtivo!

Forço meus olhos. — Tentar, no caso?

— Não, — sorriu para mim — fazer! — ela caminha até a porta do quarto, me olhando logo em seguida — Desça para comer, fiz donuts fresquinhos para você. —  ergue a pilha de roupa me mostrando — Vou colocar essa sujeira aqui na máquina.

Encolho os ombros, sorrindo sem graça. — Obrigada, vovó. — me levanto — Vou tomar um banho e já desço!

Minha vó assente, saindo do quarto e me deixando completamente sozinha. Cai para trás na minha cama, me espreguiçando devagar. Um sorriso brinca no meu rosto ao lembrar de tudo que aconteceu entre eu e Lisa.

Sentir todas aquelas sensações basicamente “novas” para mim foi assustadoramente bom, não sei como fiquei esse tempo todo desde que acordei sem isso.

Fora que foi uma delícia com ela.

Não transamos durante a noite inteira, mas fizemos durante um bom tempo, o restante acabamos cochilando. Me sinto muito cansada nesse momento, mas bem disposta para começar meu sábado.

Depois que eu a levei em casa, voltei correndo o mais rápido para a minha casa. Quando cheguei, só consegui cair na cama e ser acordada só agora por vovó.

Criando coragem, eu me levanto e vou em direção ao banheiro. Não tenho muitos planos para hoje, mas talvez eu dê uma volta no shopping com os meus amigos para passar o tempo.

Enquanto tiro minha roupa e entro no chuveiro, só consigo rir ao imaginar minha melhor surtando com tudo que vou contar. Roseanne provavelmente vai ter um treco.

[ • • • ]

— Agora sim, — com cuidado eu desço as escadas sem as muletas, sorrindo por não estar com tanto desconforto nas pernas — BOM DIA, MUNDO! — grito.

MY DEAR GIRLWhere stories live. Discover now