MY DEAR GIRL

BÔNUS

Natal.

Um dos melhores feriados do ano para mim, geralmente porque também faz tanto frio que acaba nevando como está acontecendo lá fora.

O clima natalino na Califórnia lembra os típicos filmes americanos, além de pista de patinação no gelo e drinks feitos especialmente para a ocasião, também há as árvores e decorações natalinas.

Eu adoro essa coisa de casas enfeitadas lotadas de luzes de natal espalhados por todos os lugares possíveis, a neve sobre as ruas e etc. Fora que também é uma época de alegrias e festas em família.

Esse ano, nós estamos passando o dia vinte e quatro na casa dos pais de Lisa, quando chegamos aqui eu sorri ao olhar sua casa completamente enfeitada por fora.

Vovó está levando um belo peru assado, eu uma torta de maçã que eu mesma fiz e vovô uma garrafa de vinho. É Bambam que nos recebe na porta, e ele já está até mesmo chamando minha avó de “vovó”.

— Gostei do arco. — minha vó o elogia e ele fica todo orgulhoso, enquanto entramos.

— Mesmo, vó? — o irmão gêmeo da minha namorada sorri.

Eu corro até Lisa que me recebe com um beijo, ela pega a torta da minha mão e abre um sorriso para mim.

— Você está linda! — ela diz.

Abraço seu pescoço. — Você também, amor.

A casa da minha namorada está completamente enfeitada e iluminada com diversas luzes coloridas, eu sorri porque é nesse clima natalino que eu sempre quis festejar o natal.

Amo festas de final de ano, acaba juntando as pessoas e deixando-as felizes de alguma forma. É o aniversário de Jesus né, tenho certeza absoluta que ele fica feliz por estarmos felizes e nos alimentando.

— Vocês chegaram! — a mãe de Lisa abre os braços, sorrindo.

Ela me abraça forte, indo falar com meus avós. Eu sigo Lisa para a sala de jantar, onde está uma linda mesa para ceiarmos.

Há bastante comida, além de duas velas acesas iluminando a sala. Lisa coloca minha torta de maçã perto da sopa, e caminha até mim sorrindo.

— Como foi seu dia? — pergunta, quando caminhamos juntas para a sala.

Deitei minha cabeça em seu ombro, agarrando seu braço. — Foi normal, fiz a torta, tomei um banho e vim pra cá. — beijei sua bochecha quando nos sentamos — Está muito frio lá fora.

— Acredito, — riu — eu nem tive coragem de por os pés lá fora, toda vez que essa porta abre, sinto o gelo vindo de fora.

Eu gargalhei baixo, mas nossa atenção foi direcionada à porta, onde uma menina com cabelo castanho adentrou. Acho que ela é do colégio, já vi seu rosto em algum lugar.

— Quem é?

— Ela está saindo com o Banie.

A encaro. — Bambam saindo com apenas uma pessoa?

— Estranho, não? — soltou uma risada, voltando à olhar seu irmão recebendo a menina — Mas acho que ele gosta dela, não sei.

— Tomara que dê certo, então. — falei, lembrando da menina — Ah, lembrei! Ela é a Chaeryoung, do segundo ano, não é?

Lisa deu de ombros. — Acho que é, se não for do segundo, ela é do primeiro.

Assenti. A menina parecia um pouco deslocada, mas então eu puxei assunto com ela e tudo pareceu bem. Minha sogra nos chamou para jantar, foi então que percebi que estava morrendo de fome.

[ • • • ]

— Você não me pega! — eu gritei, correndo com cuidado por conta do frio e de pedaços de gelo no chão.

Lisa e eu estamos completamente agasalhada, afinal, está frio demais. Depois de jantarmos, preferimos dar uma volta à sós, deixando os adultos lá trocando conversa, já que Bambam levou a menina para dar uma volta.

— Ah, eu pego sim!

Solto um gritinho estridente quando Lisa começa a correr atrás de mim, obviamente ela tem mais habilidade e velocidade que eu, então sou rapidamente pega.

Mesmo com roupas de frio e casacos fofos, ela consegue me beijar. O vento está congelante, meus lábios tremem nos seus, mas seu toque é como um aquecedor ao meu corpo.

Lisa abraça minha cintura com suas duas mãos e eu abraço seu pescoço, sorrindo quando ela morde meu lábio inferior. Ela sempre me ganha facilmente quando faz isso.

Algo gelado bate contra a minha cabeça, então quando eu olho para cima percebo que está nevando.

— Está nevando! — eu digo, levantando a mão.

Um pequeno floquinho de neve cai contra a minha luva, então eu mostro à Lisa que assopra-o para longe, se juntando aos milhões de flocos de neve.

Quando eu volto à encarar minha namorada, solto uma gargalhada alto porque o topo da sua cabeça está lotado de neve, por sorte, ela está de touca.

Eu retiro toda a neve e ela sorri, me beijando novamente. É extremamente romântico estarmos fazendo isso no natal, embaixo de muitos flocos de neve caindo.

— Feliz natal, linda, mesmo que ainda não seja natal. — Lisa fala baixo, ainda colada à mim.

Geralmente os adultos colocam as crianças para dormir antes da meia noite, então quando eles acordam no dia vinte e cinco, já tem os presentes embaixo da árvore.

Saudades do senhor, papai Noel.

Acariciei sua bochecha corada. — Feliz natal, amor.

Voltei a beijá-la, tentando transmitir todo o meu sentimento e amor para ela. Lisa se tornou minha jóia rara, eu batalhei muito para tê-la e agora não vou mais largar, porque sinto que ela também não vai me largar.

Sobre o meu diário, bem... eu vou guardá-lo em um lugar bem secreto e quando tivermos nossos filhos, irei ler para eles nossos momentos, menos os que fizemos aquela coisa prazerosa, se é que me entende.

— Vamos entrar? — Lisa pergunta, com os lábios tremendo de frio — Estou congelando.

Eu ri da sua careta. — Vamos sim.

Sempre que entrelaçamos nossos dedos juntos, parece que é a primeira vez. Lisa e eu passamos por muita coisa esse ano, espero que o ano que vem aguarde boas coisas e muito amor não só para nós duas, mas sim, para todos ao redor do mundo.

FIM.