MY DEAR GIRL

QUARENTA E TRÊS

Não é possível, ela só pode estar brincando comigo.

Hoje era para ser um dos dias mais especiais para nós duas, mas por acaso a vadia da Lalisa Manoban ferrou com tudo. Estávamos muito bem pelo que me lembro, não há o porque dela pedir “tempinho besta”.

Eu juro, estou com tanta raiva dela que quero socar o seu rosto perfeitamente bonito, isso só pode ser algum tipo de brincadeira sem graça sua, ou então suas inseguranças novamente atacando.

Tento ser paciente desdo começo, tento fazer com que ela se sinta a única pessoa para mim, eu sei que Lisa tem suas marcas internas mas ela não podia fazer isso conosco.

Ela não tinha esse direito.

Jogo meus livros sobre a pia do banheiro e começo a chutar a parede, não ligo se isso vai me machucar, preciso descarregar todo esse ódio em alguma coisa.

Portanto, me desculpe parede do colégio.

Fora que ela fez questão de me dar um pé na bunda na frente do colégio inteiro, isso é a própria definição de humilhação de merda.

Gritando, eu me olho no espelho, parando em frente à pia. Não vou chorar, não posso fazer isso, acabei de recuperar minha memória, então não vou chorar por uma garota besta e linda que me deu um pé na bunda.

— Eu te odeio, Lalisa Manoban! — rosno, encarando o espelho.

Lentamente meu rosto começa a ficar vermelho, então sem me aguentar as lágrimas vem queimando. Respiro profundamente e tenho vontade de esganar Lalisa, ela merece.

Idiota! Idiota! Idiota!

— Jennie, o que aconteceu? — minha melhor amiga adentra ao banheiro, ela está suada e ofegante com suas roupas de treino.

Me viro para ela. — Ela ferrou com tudo, Rosie!

— Merda.

Minha amiga vem ao meu encontro, me abraçando apertado. Sinto uma sensação muito estranha, isso tudo está muito estranho.

Eu sei que Lisa gosta de mim, não quero aumentar meu ego não mas eu sei muito bem disso, não entendo o porque dela ter feito isso conosco, logo quando eu estava prestes à contar para ela que minha memória voltou.

— Lava o rosto. — Rosé me orienta.

Eu faço, jogando um pouco de água no meu rosto. — Eu nem sequer tive tempo de contar para ela que minhas memórias voltaram. — falei, agora com raiva estampada — Ela é uma Idiota!

— Jen, desculpe, mas isso está estranho demais para mim. — ela fala, ainda segurando meu cabelo para não cair pra frente.

A encaro. — Você acha que eu também não acho isso? — suspirei, fazendo um coque no alto da cabeça — Não seria muito melhor ela me contar o que está acontecendo? Mas não, a Lalisa tem que me esconder as coisas.