Capítulo 3

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Bárbara olhou a fachada do bar por fora e realmente achou chique, então entrou, tinha bastante pessoa, o lugar era espaçoso, não conhecia ninguém, logo ia embora dali. Se aproximou do balcão e uma bargirl foi atendê-la.

- Posso te ajudar?

- Tem algum drink sem álcool?

- Claro, você mesma pode escolher como quer que eles sejam montados ou um já pronto. - pegou um cardápio - Aqui estão todos os ingredientes. - entregou e Bárbara olhou - Então eu preparo.

- Nossa, que legal e atualizado. Gostei. - sorriu lendo as bebidas que ali tinham - Como não tenho ideia de como é a base e essas coisas de um drink, eu vou querer um pronto. Esse aqui de morango com maracujá, parece ser bom. - mostrou sorrindo.

- Um minutinho. - pegou as coisas e começou a preparar na frente dela, foi questão de segundos e já estava pronto - Prontinho, senhorita. - entregou e anotou na comanda dela - Aproveite e qualquer coisa me chama. - se retirou.

- Obrigada. - pegou o copo e tomou um pouco com o canudo - Que delícia.

Eduardo entrou no bar e foi para o balcão logo chamando a bargirl. Fez seu pedido que logo foi preparado, sentou e desfrutou da bebida. Estava tanto ele quando a mulher ao lado distraídos em saborear o drink.

- Bom o atendimento aqui, né? - ele comentou sem olhar para o lado enquanto mexia no celular.

- Bastante, é a primeira vez que venho. - a mulher respondeu sorridente e relendo o cardápio de petiscos.

Foi questão de alguns segundos até os dois caírem na real ao reconhecerem as vozes do outro e se encararem assustados.

- Eduardo.

- Bárbara. - falaram ao mesmo tempo e suspiraram - Eu sabia que era você na escola hoje de manhã, tinha certeza, eu reconheceria o seu olhar em qualquer lugar...

- Fui... buscar minha afilhada... - desviou o olhar.

- Desde quando você tem uma afilhada?

- Desde que ela me tirou daquele lugar, pagou meus tratamentos e tá me ajudando a ser inserida de novo na sociedade. - se recolheu - Me fez vir aqui pra ver se faço alguma amigo...

- E você fez?

- Não... - balançou a cabeça. - Isso não é novidade, eu não sei socializar direito. - respondeu - Achou que vou embora. - desceu do banco.

- Você nem tomou sua bebida. Não precisa fugir por causa de mim, até porque, seria bom se a gente conversasse um pouco. - falou calmo.

- Mas...

- É rápido, pra te falar um pouco sobre seu neto...

- Meu netinho? - os olhos dela brilharam e Bárbara voltou para o banco.

- Santiaguinho é um menino muito talentoso e ele é apaixonado pela vó que tem. - sorriu pegando a carteira e tirando uma foto do menino de dentro.

- Monserrat foi uma boa mulher. - balançou a cabeça.

- Não é Monserrat, é você. Ele é completamente apaixonado por você. - entregou a foto para ela que pegou e ficou observando - Esses dias mesmo ele fez uma birra, abriu um chororo quando Aurora ligou na prisão e descobriu que você tinha sido solta, ele falava que era culpa da Aurora que ele nunca ia te ver, porque ela nunca tinha ido na cadeia te visitar e levá-lo, que ele te amava e que queria te ver. Santiago ficou nervoso e quase bateu no menino, então Fernanda e eu tivemos que interromper antes que piorasse, depois eu saí com ele pra dar uma distraída nele.

Reaprendendo a CaminharOnde as histórias ganham vida. Descobre agora