Capítulo 25

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— Quanta coisa. — Luna olhou as sacolas que Bárbara e Eduardo haviam comprado.

— Não vai abrir não, só vamos abrir quando todo mundo chegar e então vamos revelar o sexo do bebê. — Bárbara abraçou Eduardo que retribuiu sorrindo.

— Mas... mas... mas, Babi. — a adolescente olhou-a manhosa.

— Mas nada. — cortou-a.

— Edu...

— Só quando todos estiverem aqui. — Eduardo também falou e Luna cruzou os braços emburrada indo para o lado de fora da casa — Bom, eu vou ir na barbearia dar uma cortada no cabelo e aparar a barba, ok?

— Vai lá, amor. — beijou-o e devagar o homem foi soltando-a. 

Eduardo pegou a chave do carro de volta e saiu de casa, entrou no carro e foi até o centro que não era tão longe dali. Chegou na barbearia, entrou e logo foi recebido pelos barbeiros. O lugar era moderno com vídeo-game, mesa de pebolim e ping pong.

— Aqui ficou realmente bom, Francis. — Eduardo comentou sentando no sofá de espera e pegando o controle de vídeo-game.

— Pois é, cara. Não foi fácil, hein. Você lembra que eu comecei na garagem da minha mãe. — o barbeiro respondeu enquanto fazia o cabelo de um cliente.

— Oh, se lembro. Você treinava corte em mim, ainda bem que nunca fez merda no meu cabelo. — deu risada e o cara o acompanhou.

— E a mulher? Como tá?

— Tá bem, tá em casa. Fui com ela no ultrassom hoje, vamos ter uma menininha. — Eduardo sorriu enquanto ajeitava o menu do jogo.

— Parabéns, cara! — se afastou um pouco do cliente e o cumprimentou com um soco na mão — Olha, filho dá trabalho, mas é uma benção.

— Verdade. Você já é pai também, não é? Eu esqueci.

— Sou, sou sim. Tenho uma menina e um menino. — apontou para um canto do salão onde tinha uma garotinha brincando em cima de um tapete — Essa é a Martina de cinco anos. Ela estuda de manhã e de tarde fica comigo aqui na barbearia. O Henrique é bebê ainda, fica com a mãe dele em casa.

— Eu nunca me senti tão feliz, Francis. Me sinto completo, sempre quis ser pai e a minha mulher tá tão linda de barriguinha. — falou bobo — E ela não para quieta. Ontem tava lá com enjôo, mas tava brincando com o neto dela.

— Neto? — Francis o encarou estranhando — Desde quando Fernanda é avó?

— Fernanda? — Eduardo franziu a testa — Você não sabe? Fernanda e eu nos separamos já faz um tempo já. Eu engatei outro relacionamento e ela também.

— Nossa, cara, eu não sabia.

— Pouca gente sabe ainda. — riu e colocou a mão no bolso — Ai, cara, esqueci a carteira em casa. — pegou o celular — Vou ligar pra mulher trazer pra mim.

— Não precisa, você é amigo. Penduro pra você.

— Que pendura o que. Vou pagar. Nada mais que justo. — discou o número de Bárbara.

" — Oi, Edu. "

— Linda, esqueci a carteira em casa. Pode trazer pra mim?

" — Onde tá? "

— Em cima da mesa de telefone.

" — Achei. Onde é essa barbearia? "

— Sabe a entrada do centro? Aquela que é do lado de um estúdio de tatuagem?

Reaprendendo a CaminharWhere stories live. Discover now