Capítulo 42

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Bárbara sabia que havia entrado em trabalho de parto logo cedo pelos sinais que seu corpo davam e ela não havia avisado ninguém, Fany ficaria perguntando se o irmãozinho já estava nascendo, Luna não deixaria ela fazer nada e Eduardo ficaria em cima durante todo o tempo.
De tarde as dores estavam aumentando e ela sabia que não podia mais esconder, então aproveitou que Eduardo já tinha chegado, Luna estava com Fany e ligou para a médica que iria acompanhar o parto do bebê.

— Olha, eu vou falar só uma vez e não quero ninguém nervoso. — chegou na sala encarando as filhas e o marido — Eu estou com contração, eu já deixei o banheiro preparado, minha bolsa acabou de estourar e o bebê pode nascer em qualquer momento. — respirou fundo se apoiando no sofá.

— Meu Deus do céu. — Eduardo se levantou do sofá correndo.

— Menos, Eduardo. Eu não quero ninguém nervoso e preocupado comigo, eu quero apenas ajuda, a médica já está vindo. — segurou no braço do marido apertando conforme a contração vinha.

— Eu vou poder ver o meu irmãozinho nascendo?

— Eu não sei, filha, você é muito novinha pra ver algo tão forte. — Bárbara falou se encostando em Eduardo que serviu de apoio pra ela.

— Ah, mamãe... — fez bico.

— A mamãe tem razão, Fany. — Luna acariciou o rosto dela.

A campainha tocou e Luna foi abrir, era a médica, uma mulher toda animada que entrou pulando e fazendo Bárbara rir de cara.

— Finalmente essa criança resolveu nascer. — pulou — Oi, baixinha. — beijou a cabeça de Fany — Oi, Luna.

— Oi, Doutora Catrina.

— Catrina, a Fany queria assistir o parto, mas eu não sei se deixo, ela é pequena.

— Ela pode assistir, Bárbara. A partir dos seis anos já pode assistir, lógico que, ela não poderia acompanhar num centro cirúrgico, mas aqui é a casa de vocês e caso ela se sinta desconfortável, ela pode sair. — sorriu.

— Ok, você pode assistir, Fany.

— Aeeee! — comemorou.

— Aiii! — Bárbara fechou olhos pondo uma mão na barriga e a outra puxou a camisa de Eduardo.

— Bom, vamos nos ajeitar, ver essa dilatação e trazer essa criança ao mundo. — a médica sorriu.

Bárbara, Eduardo e Fany foram ao banheiro juntamente de Catrina. A médica mediu a dilatação e viu que faltava pouco para que o bebê nascesse.

— Já pode entrar na água, Bárbara.

Fany subiu num banquinho e sentou na pia. Bárbara tirou o vestido e toda a roupa, entrou na banheira com a ajuda do marido e se ajeitou. Eduardo prendeu o cabelo dela em coque e acariciou seu rosto.

— Quando a contração vir, você começa a fazer força. — a médica se abaixou perto dela.

— Ok... o resto eu já sei. — sorriu ofegante e olhou Eduardo, ele estava calmo, ao menos por fora e aquilo a acalmou também.

Ela foi recuperando a respiração e quando a contração começou a vir mais forte, ela começou a forçar para que seu bebê saísse logo, a dor era extremamente insuportável, mas era necessária pra que ela conseguisse empurrar.

— As coisas não precisa ser com pressa, Bárbara. Pode ser no seu tempo, não se sinta obrigada a fazer seu bebê agora, para, respira.

— Com essas contrações é meio difícil. — agarrou a mão de Eduardo apertando e forçando de novo.

Reaprendendo a CaminharOnde as histórias ganham vida. Descobre agora