Capítulo 31

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Eduardo logo foi para o lado de Bárbara e ela colocou a mão no pescoço dele acariciando com a ponta das unhas.

— Eu quero me casar com você... — sussurrou e Bárbara arregalou os olhos.

— O que...?

— Escutei você falando para Aurora que queria se casar... — abaixou o olhar — E que não me falava porque tinha medo de me assustar...

— É por isso que você tava estranho... — balançou a cabeça entendendo a situação.

— Aquilo me pegou de um jeito forte, já que eu nunca pensei nisso com tanta... seriedade. Eu não queria me casar de novo, mas ver você falando de querer um dia de princesa, se vestir de noiva... me deixou mal...

— Edu, olha, não precisamos casar, temos uma filha, não existe maior união do que um filho. — suspirou — Lógico que eu adoraria, mas não precisa. Eu sei que pra você, o casamento tinha que ser eterno e como não foi com Fernanda, você não quis mais e é super compreensível.

— Só que você quer, eu também... escutei você falando sobre mim pra neném enquanto dava peito pra ela. E o jeito que você falava de mim... — balançou a cabeça e passou as mãos no rosto — Eu acho que você me ama mais do que eu possa perceber...

— Talvez eu não demonstre pra você tudo o que eu mostro pra Fany... — cruzou os braços com um olhar carinhoso — E você anda escutando muito atrás da porta, não é?

— Não é intencional.

— Eu sei. — segurou a mão dele entrelaçando seus dedos.

— Você já sofreu demais por mim, né?

— Um pouquinho de nada. — riu.

— Agora eu quero casar.

— Tira isso da cabeça pelo amor de Deus. — beijou ele.

— Mas você deve ficar tão linda de noiva.

— Deus, tira essa ideia desse homem, ou eu vou tirar e não vai dar certo.

— Não, mas, Bárbara, pensa comigo.

— Bárbara o cassete, é amor ou linda.  — interrompeu rindo.

— Mulher, como você me pertuba! — voltou a deitar na perna dela — Não é, filha? Sua mãe tem hora que me cutuca. — olhou a neném que estava acordada ainda se mexendo — Pensa comigo, que delícia seria tirar o vestido desse seu corpo gostoso. — apertou as coxas dela.

— Ai, amor. — riu carinhosa.

— Mas, é sério, amor. — sentou outra vez — Pensa com carinho.

— E você pensa com a cabeça se é isso que você quer, casamento não é brincadeira, meu amor. Sério.

— Eu sei. — se esticou pegando Fany no berço e deitando com ela no peito.

A bebê bocejou com a cabecinha encostada no pai e abrindo e fechando a mãozinha, Eduardo segurou vendo o tamanho das unhas dela, passou o polegar sobre as mesmas sentindo que ela poderia se arranhar.

— Tem que cortar as unhas dela pra ela não se machucar. Amanhã de manhã eu corto com a tesourinha, né, filha? — beijou a mãozinha dela — Amor da minha vida, princesa do papai, ninguém vai mexer com a minha menininha, né?

— Eduardo, não vai ser super protetor, hein? Você já foi criança e sabe que criança vive se metendo em encrenca. — acariciou o cabelo dele.

— Ninguém vai se meter com ela porque ela vai fazer balé e alguma luta. Imagina que lindo ela de kimono lutando de tarde e de noite com um tutu dançando. — riu carinhoso.

Reaprendendo a CaminharOnde as histórias ganham vida. Descobre agora