Capítulo 11

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— Como? — Eduardo arqueou a sobrancelha confuso — Um filho meu?

— É... — levantou — Deixa eu explicar direito. Estava conversando com Aurora e ela acha que está grávida, não conta pra Santiago. Então eu fiquei triste e falei que queria poder engravidar de novo, ela disse que dava tempo, que eu poderia fazer uma inseminação artificial, então Aurora disse que você poderia ser o meu doador, porque você também quer ser pai tanto quanto eu quero ser mãe, que poderíamos criar o bebê juntos e calmos já que não vivemos mais em pé de guerra...

— Você me pegou de surpresa.

— É, eu imagino. — riu de lado.

— Eu vou pensar com calma, ok? A gente não pode sair tomando uma decisão assim sem pensar direito.

— É que eu não tenho muito tempo... — perdeu o olhar em um ponto fixo.

— Fica calma... — se aproximou dela — Não se preocupa, se não for comigo, será com outra pessoa... — afastou a franja da mulher para trás.

— Eu não quero te pressionar, é ruim essa sensação.

— Você não pode se pressionar. E eu disse, vou pensar, ok? Ter um filho seu e meu, essa criança ia nascer com uma beleza inigualável. — sorriu e ela também — Ainda mais se puxasse toda a sua potência.

— Você sabe que eu ainda não aprendi reagir a elogios, né?

— É uma graça.

Santiago e Aurora assistiam do lado de dentro enquanto tomavam o café de Matias.

— Eles estão bem... íntimos... — Santiago comentou.

— Você é bem fofoqueiro, nem pisca.

— Ô, amor.

— Minha mãe é apaixonada pelo Eduardo, Santiago... — virou o rosto para encará-lo nos olhos.

— Apaixonada?

— Sim, ela ama Eduardo tanto quanto eu te amo, meu amor. — pegou nas mãos dele — Mesmo ele só querendo amizade, ela não se arrisca a dizer, para não sofrer.

— Às vezes eu tenho pena dela...

— Eu também, porque ela se apoiou em Eduardo como nunca fez antes com alguém.

— Eu percebi. — sentou no sofá e a esposa junto.

— Mamãe, papai, olha o que a Luna me deu. — Santiaguinho entrou na sala carregando uma caixa de mdf nas mãos.

— Deixa eu ver, filho. — Aurora sorriu e o menino abriu a caixa mostrando pincéis e tintas — É pra mim pintar.

— " eu pintar ". — Santiago corrigiu o filho.

— Não, papai. É pra mim. Você tem as suas tintas.

— Não, filho, é que... ah, deixa pra lá. — riu.

— Aceita um chocolate quente, Santiaguinho? — Matias perguntou.

— Sim, obrigado. — sentou no chão mexendo nas tintas.

— Ai, Aurora, qualquer dia seu filho chega em casa cheio de mordida que eu vou dar nele. — Luna balançou a cabeça.

— Nem eu aguento ele tem hora. — a jovem mulher sorria encarando o filho.

Bárbara entrou com Eduardo e foram ao sofá juntos onde ficaram conversando. Aurora e Santiago jantaram ali depois de Luna e a madrinha insistirem muito.

Bárbara estava sentada no sofá assistindo televisão concentrada, ela passava os dedos pela própria perna distraída. Eduardo arrumava a louça com a ajuda de Luna que secava e guardava.

Reaprendendo a CaminharOnde as histórias ganham vida. Descobre agora