A porta que dava acesso a sala do trono foi aberta com pressa e todos os nobres presentes junto ao rei se levantaram indignados com a interrupção insolente, no entanto, assim que viram a princesa banhada em sangue ficaram chocados com o estado da alfa.
- Jisoo! - Choon-Hee foi o primeiro a ir preocupado em sua direção, mas a garota afastou seu toque com pressa e correu os olhos pelo salão. - O que houve?
- Taehyung, onde está nosso irmão Taehyung?
- Aquele bastardo não é nosso irmão. - rebateu rude.
- Onde ele está?! - berrou alto, impaciente. - Não vêm que isso é uma emer-
- Não precisa gritar Jisoo, já estou aqui. - ele apareceu na porta com as mãos cheias de relatórios. - Em que eu poderia lhe ser útil, irmã?
Jisoo se virou no mesmo instante e logo o sorriso debochado do rosto do Kim se desfez e as folhas escaparam de suas mãos chão afora.
- O que ho-houve?
- Você precisa vim comigo, agora.
As passadas do príncipe pelo corredor eram rápidas, sua irmã tentava a todo custo lhe acompanhar até o quarto que não dividia mais com o noivo, mas não era fácil, Taehyung praticamente corria.
Chegando na porta, o Kim não poupou a fúria que sentia por sua irmã. Os gruídos baixos de dor do mais novo eram ouvidos pelos seus sentidos aguçados e isso o atiçou a dar meia volta e empurrar a mulher com tudo na parede. O baque foi tão alto que assustou algumas servas que estavam passando pelo corredor, mas nenhuma teve coragem para interfirir no confronto dos dois lúpus.
- Eu não o feri, se é o que está pensando. - o cortou antes que Taehyung a acusasse e ergueu as mãos em rendição. - O castelo foi invadido.
O mais velho rangeu os dentes em fúria.
- Por quem e como? Já mandou que os guardas reforçassem a vigilância nos muros?
- Como pode ver eu estava ocupada demais estancado o sangue do seu ômega. Eu queria ser mais útil, mas o lobinho é arisco e não me deixou toca-lo.
- Não ouse...!
Jisoo o cortou com uma risada debochada.
- Ei, calma, eu não o toquei. - disse despreocupada. - Mas acho melhor você se adiantar se quer que ele fique bem logo. Sobre os invasores do castelo, deixa que eu cuido disso à minha maneira.
Taehyung não disse mais nada, a lançou um olhar cheio de ameaças e seguiu até a porta com pressa. Sentiu a alfa vindo atrás, mas fechou a porta antes que ela pudesse passar pela porta.
Jeongguk estava deitado em um divã branco em frente a grande janela com uma perna esticada e outra escostada no chão. Seu peito nu subia e descia em busca de ar, seu rosto estava pálido e uma careta de dor era exibida apesar do esforço que Jeongguk fazia para a conter. O cheiro fraco de sua essência preenchia o espaço, mas Taehyung mal se dava conta disso quando se abaixou ao seu lado e tocou em seu rosto com preocupação.
Os olhos semelhantes a jabuticabas se voltaram em sua direção ao perceber sua presença e mesmo sem dizer nada Taehyung notou o olhar de súplica em seu rosto.
- Eu vou cuidar de você, vai ficar tudo bem.
Desceu a mão pela pele exposta do tronco nu e tocou a ferida devidamente limpa e costurada. Ainda doía por Jeon estar com dor e demoraria para cicatrizar por conta do tamanho e falta de ervas medicinais, mas Taehyung poderia acelerar o processo se o lambesse.
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Entre Dois Reinos
General FictionDesde pequeno Jeon Jeongguk gostava de duas coisas: ter cabelos longos e lutar. Não era novidade para ninguém do reino Fast saber que o príncipe ômega tinha mais interesse em participar de guerras do quê arranjar um marido. Vários dos nobres que ten...