About flawed plans

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Reino de Daegu, Strong.

O clima estava tenso quando Jeon chegou ao salão de jantar acompanhado de Kim Saem.

Os boatos dos lordes terem sido assassinados já havia circulado por todo palácio e não era de se surpreender o quão receosos as pessoas estavam para comer da comida oferecida pelo rei àquela noite.

Ninguém confiava mais nas ações que Choon-Hee tomava. Se ele estendesse a mão para gesticular algo, todos tremiam em seus acentos. Se ele risse de algo, todos riam com medo de serem os próximos.

Com exceção de Kim Lucien, essa que comia de modo tranquilo enquanto brindava aos novos lordes da coroa real.

Jeon sabia que não era bem-vindo ao jantar, mas também era consciente de que se não fizesse com que todos acreditassem que estava começando a cooperar com o Kim, seu plano não iria para frente.

Logo que Lucien avistou o ômega, o julgou com o olhar e como vinha fazendo sempre que o via perambulando pelo palácio, lançou o guardanapo em cima da mesa e saiu pisando a passos fundos da sala juntamente com suas damas de honra.

Dahyun sorriu o máximo que conseguia devido a perda do pai e em um pedido mudo pediu que se sentasse ao seu lado, entre ela e Jennie.

Jeon acatou o pedido da amiga em vista que estava com saudades de ficar perto da morena. Seguiu em silêncio para não atrapalhar o rei rir de uma piada que seu novo conselheiro contava para não acabar morrendo como o último e prestes a puxar a cadeira que lhe era oferecida, o rei limpou a garganta.

— Sente-se ao meu lado. — ordenou e Saem se levantou do lugar citado para sentar no lugar que sua amiga lhe havia oferecido anteriormente.

— Mas-

— Isso não foi um pedido. — murmurou Saem ao parar ao seu lado.

A contragosto, o moreno foi para onde lhe era mandado e se sentiu tencionado. Havia muito em jogo e por qualquer descuido seu, alguém sentiria o cheiro incomum que estava começando a exalar.

— O conselheiro real acaba de me contar como o povo está feliz com nossa união. — Choon-Hee disse voltando-se para olhá-lo. — Acreditam que podemos ajudar o reino a se reerguer novamente.

— E o que vais fazer? — Jisoo quis saber.

— Oras, já não basta as comidas que estou dando em nome de meu querido noivo? Eles ainda querem mais do que isso?

Seu monstro. — Jeon falou baixo.

— O que disse? — questionou o Kim ao não ouvi-lo direito.

Eu disse que vo-

— Meu irmão, creio eu que o povo precisa acreditar que você merece o trono. — Orientou a mais velha, olhando de cara feia em direção ao Jeon para que ficasse em silêncio. — E se eles se virassem contra você um dia? Como poderíamos contê-los com os poucos guardas que temos?

— Um bando de passa-fome que mal sabem se defender?! — questionou desacreditado. — Como poderiam?

Sua irmã estava prestes a rebater que em todos esses anos eles sempre lutaram sozinhos quando o rei levantou a mão para pedir por mais vinho. Jeon suspirou mais exausto que o usual, soltando seus pêsames para Daehyun em um movimento de lábios. A amiga agradeceu da mesma forma dando um mínimo sorriso e voltou a mexer nos talheres em silêncio.

Imaginando inúmeras formas de enfiá-los no cunhado.

Jeon estava bebendo água quando Maria passou ao seu lado para servir o rei e por pouco não cuspiu o líquido em tamanha surpresa. Tentou se mostrar o mais neutro possível enquanto a via trocar a taça alegando estar suja e logo colocando outra com mais bebida. A jovem encarou o príncipe de rabo de olho e logo partiu com a bandeja vazia em mãos.

Entre Dois ReinosWhere stories live. Discover now