About invitations

808 157 42
                                    

— Anda mulher, não me deixe mais ansioso do que já estou!

Yihwa respirou aliviada por receber finalmente notícias do filho e abriu a primeira carta, reconhecendo o dono da letra desajeitada logo que bateu os olhos na escrita.

— É dele mesmo! — mordeu os lábios virando o papel para mostrar ao marido.

— Nosso menininho... — suspirou contente. — Vamos, leia.

— Tudo bem. — seguiu o olhar para o topo da carta. — Meu rei e minha rainha, espero que não tenham se esquecido de mim. Venho à vocês através dessa carta para expressar o quão necessitado estou para vê-los, a saudade já não me cabe mais no peito, sinto que irei explodir de tanta felicidade ao saber que por volta da manhã do dia seguinte estarão com o mesmo papel que toquei em mãos!

— Tão exagerado. — riu Choi.

Me sinto mais contente ao saber que logo os verei novamente e, se tudo ocorrer conforme o planejado, estarei retornando junto à vocês para Busan no dia seguinte... dia seguinte?

— Dia seguinte do quê?

— Espere. — desviou o olhar para o canto da folha e encontrou um desenho bem feito dela e Choi segurando um bebê com o rosto borrado. Sorriram nostálgicos ao lembrar de Jeongguk pequeno e voltaram a procurar por mais coisas. — Aqui não tem mais nada escrito, só... de seu amado e eterno filho, Jeon Jeongguk.

— Vamos a outra.

Yihwa deu um pulinho empolgada com a próxima carta, mas antes de pegá-la batidas na porta lhe chamaram a atenção.

— Deve ser Junghyun. — comentou Yihwa. — Chiwoo me avisou que ele foi visto cruzando a divisa do reino.

— Ele pode esperar.

Mais batidas foram ouvidas, agora mais agressivas que as outras.

— Acho que não querido. — o entregou a carta. — Espere por mim.

Yihwa abriu a porta com um enorme sorriso para receber o primogênito, mas se desfez deste ao ver o rosto angelical do homem banhado em lágrimas. Os fios longos até os ombros estavam em uma perfeita bagunça e as roupas mal vestidas pelo avesso.

— Céus, o que houve?! — se aproximou para tocar o rosto do filho, mas esse segurou sua mão bruscamente e abriu um papel até então desconhecido em sua frente.

— Como podem ficar de braços cruzados? — gritou em fúria tentando enxergar o pai através da mãe. — Como podem dormir sabendo que o filho de vocês está sendo usado e abusado?!

— Mas do que você está falando? — sua mãe tentou ler o papel, mas o Jeon não parava de balançá-lo para os lados.

— Não me venha se fazer de desentendida!

— Solte sua mãe e entre sem fazer escândalos. — Choi pediu baixo ao aparecer na porta. — Não vê que não abrimos a carta ainda, garoto mal educado? Foi essa a criação que nós te demos?!

Junghyun rosnou baixo e fez o que foi pedido, entrou nos aposentos dos pais em silêncio e apertou a folha entre os dedos, esperando que eles lessem de uma vez.

— Andem logo com isso.

— O que será que é? — Yihwa perguntou baixo ao ver o selo do rei de Daegu.

— Sinceramente não quero saber. — entregou a carta a esposa e se distanciou para sacada do quarto. — Leia por mim.

A mulher acatou o que foi pedido e em silêncio começou a ler a pequena mensagem.

Entre Dois ReinosDonde viven las historias. Descúbrelo ahora