Kim Taehyung não soube como reagir. Fez menção de se curvar ou dizer qualquer coisa que fosse para apaziguar a situação, mas por breves segundos parou para analisar o que se sucederia diante de seus olhos e desconfiou por pensamentos.
Não era um bom lugar para um reencontro, ainda mais sua carruagem sendo a última a chegar.
Todos já estavam dentro do salão real para comemorar a união e era de se esperar que todos os guardas que os acompanhassem até a entrada estivessem a postos no exterior da estrutura para proteger os visitantes de possíveis intrusos.
O convite de casório fora feito a todos os cinco reinos, mas depois da tentativa de assassinato — e tudo indicando ter vindo do reino de Jeon Choi — nenhum papel sequer com selo real de Strong era mais válido para Busan, muito menos Jeju. Taehyung chegou até mesmo a achar estranho os familiares de seu recém-marido terem coragem para aparecer sem o retorno de seus dois soldados.
Ambos assassinos estavam no calabouço, Choi não tinha como saber se Daegu continuaria seguro para ele e sua família.
— Mãe...
— Sinto muito por não termos chegado a tempo para o casamento, tínhamos assuntos importantes para tratar e não pudemos partir imediatamente assim que tudo foi adiantado. — lamentou a soberana de modo teatral.
— Não diga isso, eu... eu estou feliz que tenham vindo! — Jeongguk falou de modo rápido e embolado, pronto para ir aos braços de seus progenitores quando Taehyung o alcançou e o puxou para ficar no lugar.
O jovem então fez menção de perguntar qual era o problema, mas bastou uma troca de olhares entre os recém-casados para que Jeongguk entendesse o porquê de Taehyung tê-lo impedido de prosseguir.
"Eu tenho provas para crer que seu pai os enviou para assassiná-lo."
Era uma emboscada, iriam tentar assassiná-lo ali mesmo na entrada do castelo. Olhou em volta, mas nada encontrou além dos soldados do castelo de vigia e as espadas carregadas por aqueles de seu sangue.
Mais de trinta soldados de Strong estavam em alerta para proteger o ex-comandante e o seu esposo, mas Jeongguk não tinha tanta certeza se teriam chance contra os seus. Eles não davam nem um de Yerim.
— Jeongguk? — seu pai exclamou confuso, olhando para a esposa em busca de respostas para tal recusa do filho. — O que está havendo aqui?
— Eu não sei... — ela respondeu tão confusa quanto. — Jeongguk, venha aqui querido, sentimos muito a sua falta. — desesperada de que algo houvesse sido descoberto, fez menção de ir até o mais novo para conversar, mas foi informação demais para sua cabeça ver o filho a qual deu a luz e criou com tanto amor e carinho recuar com o bastardo quando avançou para dar o primeiro passo.
— Ei, calma. Nada vai acontecer. — Taehyung envolveu-o em um abraço de lado e encarou os três soberanos desconfiado. — Se tentarem algo, meus guardas cuidarão para que não saiam impunes!
— Como ousa dizer tal coisa?! — Junghyun sacou sua espada com a afronta. — Solte meu irmão ou eu juro que irei matá-lo agora mesmo!
Vendo o Kim passar Jeon para trás de si como se estivesse o protegendo de sua própria família, o rei de Jeju desceu as escadas em fúria, pronto para dar um fim naquele maldito bastardo quando Yerim apareceu com dois de seus guardas em seu encalço e a espada apontada em sua direção.
Junghyun reconheceu seus dois homens e gelou dos pés a cabeça.
— Mais um passo e eu lhe cortarei a mão que um dia ousou tentar levantar contra seu irmão. — a Kim proferiu antes de empurrar os dois betas de joelhos aos pés de Choi.
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Entre Dois Reinos
General FictionDesde pequeno Jeon Jeongguk gostava de duas coisas: ter cabelos longos e lutar. Não era novidade para ninguém do reino Fast saber que o príncipe ômega tinha mais interesse em participar de guerras do quê arranjar um marido. Vários dos nobres que ten...