About late with the queen

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Após ajudar o príncipe no banho e quase o afogar por tocar em si na maior cara de pau, Jeongguk mal tivera tempo de colocar uma roupa decente, pois logo um guarda do palácio exigiu sua presença na sala de costura em nome da rainha e Jeon não pôde recusar o pedido por vir da soberana.

Agora parado na entrada do salão para o soldado avisar que havia chegado, Jeon respirou fundo e se preparou mentalmente para rever a rainha. Sabia que ela não havia gostado muito da sua alta proclamação beirada ao deboche, mas não era por isso que estava preocupado, mas sim por outra coisa.

O jovem estava receoso do que poderia sair de sua boca outra vez por ter que lidar com vários ômegas submissos naquela sala sem poderem expressar suas opiniões verdadeiras sobre tudo. Todos deveriam ter a voz ativa na sociedade, não existia essa de que só alfas poderiam governar ou assumir postos importantes. Chegava a ser um ultraje saber que conviveria no meio de toda aquela palhaçada e que ainda seus futuros filhotes sofreriam com isso caso fossem ômegas.

— Alteza — Se curvou em reverência. —, a rainha Kim Lucien está a seu aguardo.

Jeongguk o analisou dos pés a cabeça e deu de ombros se curvando brevemente.

— Majestade, isso não é correto a se fa-

— Eu não me importo com isso, não precisa se curvar aqui, estamos sozinhos, dentro do palácio e não tem ninguém vendo. — Murmurou já na porta. — Chame meus guardiões. Depois de me encontrar com a esposa e maridos do rei quero explorar o castelo.

— Agora mesmo, uhn, ér...

– Me chame de Jeongguk.

– Ah sim, agora mesmo Jeongguk.

O moreno então se voltou a porta e a abriu sem delongas, vendo de longe várias mulheres e homens sentados no centro do salão costurando e jogando papo fora enquanto seus maridos aproveitavam para caçar e fazerem coisas mais interessantes.

Revirou os olhos e pigarreou, chamando a atenção de todos que o avaliaram de cima a baixo. Como se Jeon precisasse da aceitação de algum deles.

– Mais vejam só quem nos deu a honra de sua presença. Achei que não viria nunca. - riu a rainha, sendo acompanhada por seus puxa-saco. Jeongguk não viu graça nenhuma no que fora dito. - Primeiro marido de Taehyung e príncipe herdeiro de Busan, acertei? Espero que sim, seja bem-vindo, meu caro, queira se sentar.

A contragosto Jeon se aproximou da única cadeira vaga que restava e parou no meio do caminho quando um lorde colocou seu gato ali, deixando bem claro que não o queria sentado ao seu lado. Encarou a rainha esperando que ela pedisse para que retirassem o gato, mas essa nada fez para repreender o homem ao que encarava suas próprias unhas. Restando então que ficasse de pé ao lado de um jovem ou sentado no chão igual aos servos que bordavam.

– Príncipe Jeon. - O jovem que estava ao seu lado chamou, chegando um pouco para o lado em um pedido mudo para que se sentasse ao seu lado.

Jeon o reconheceu como um dos maridos do rei.

– Obrigada, majestade.

– Ah não, me chame de Park Jimin, não sou da realeza. - Balançou a mão enquanto um perfeito smile se formava em seu rosto alegre. Ele aparentava ser tão novo que Jeon sentiu nojo do rei. - Só tenho título de terceiro esposo do rei, não tenho o Kim no nome.

– Ah...

– Bom – a rainha pareceu desconfortável de não receber atenção. -, nos conte um pouco mais sobre o seu reino, Jeon.

– E o que quer saber, majestade?

– Se todos os ômegas são ignorantes como você.

Jeon abriu a boca, mas ela levantou a mão em um sinal mudo para que se levantasse quieto e ele acatou de punhos fechados alguns segundos depois de cogitar ignorá-la. Ela, querendo ou não, era a autoridade ali sem a presença do rei e Jeongguk tinha certeza que se fosse contra algo que ela dissesse, todos os interpretariam mal.

Entre Dois ReinosWhere stories live. Discover now