53 Novo colega de quarto

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Um amor diferente não é pecado

-Born This Way. Lady Gaga

Atendi após me levantar e ir para um canto distante, nela a voz de Natan estava meio embriagada e rápida pedindo para que eu fosse buscar ele na sua casa, mas não avisasse a ninguém que eu ia fazer isso

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Atendi após me levantar e ir para um canto distante, nela a voz de Natan estava meio embriagada e rápida pedindo para que eu fosse buscar ele na sua casa, mas não avisasse a ninguém que eu ia fazer isso. Não perguntei muita coisa, avisei aos meus amigos que meu padrinho precisava de mim e Kevin garantiu que deixaria Josh em casa.

Peguei os dois capacetes e fui em direção a casa pouco conhecida por mim do loiro, sorte que sou boa para decorar caminhos se não teria me perdido no meio das ruas antes de chegar no bairro residencial com casas de cerquinhas brancas como em um típico comercial americano da década de 50. O loiro estava na frente da sua casa segurando uma mochila vermelha, notei como os ombros caíram de alívio assim que me viu, colocou o capacete vermelho e nós dois seguimos com calma até o Arcadian, a pedido do próprio Natan.

Deixei ele subir enquanto pegava algumas coisas, o Arcadian deveria estar fechado hoje e por isso não tinha nenhuma movimentação para me interromper enquanto eu cuidadosamente roubava uma porção de salgadinhos e duas cervejas para nós dois, a minha sem álcool, claro. Assim que subi as escadas para o terraço o encontrei sentado em uma das cadeiras de plástico que ficavam por lá, dei a cerveja com álcool pra ele alegando que sentia que ele precisava de alguma coisa para falar.

Ele continuou calado até terminar sua garrafa e eu respeitei isso, se quisesse ir embora pra qualquer lugar sem me explicar o que tinha acontecido eu ia entender. A brisa fria fazia meu nariz congelar e bagunçar meus cabelos, a jaqueta fazia um bom trabalho em me aquecer, senão já teria virado um picolé a uma hora dessas, ele abriu a boca algumas vezes mas continuava sem falar nada e eu apenas comia os salgadinhos esperando uma atitude sua.

— Me assumi pros meus pais, contei sobre minha paixão pelo Josh, a minha relação sem nome com o Kevin e sobre o fato de eu odiar futebol e não querer mais fazer isso. -ele solta tudo de uma vez e eu fico surpresa com a franqueza dele. Peço pra ele continuar falando e é isso que ele faz, e do jeito que faz eu acho que era exatamente isso que ele precisava. — Tudo começou quando viram meu fundo de tela, uma foto minha com o Kevin. Eles disseram que era só uma fase e que o garotinho deles não ia os decepcionar sendo o que ele não era. Ali eu não aguentei mais e explodi, disse que nunca fui o garotinho que eles sempre queriam. Que enquanto eles viam Josh como meu melhor amigo e quase um irmão eu passava noites imaginando ele como um namorado. Disse sobre o Kevin me ajudar a descobrir, sobre o quão atencioso ele tem sido comigo e que com sorte um dia era ele quem eles teriam nos jantares de família. Contei também sobre o fato de que eu nunca quis ser jogador de futebol, faço isso porque é o que meu pai sempre quis. Eu quero fazer literatura e ser professor, não ficar correndo atrás de uma bola o resto da minha vida. Tivemos uma discussão feita, eles disseram que não conheciam o próprio filho e que talvez era melhor continuar sem conhecer. Peguei algumas roupas e joguei na mochila, pulei minha janela e te liguei torcendo pra que você fosse. Não queria falar nem com Josh ou o Kevin, aí você me pareceu a opção mais lúcida naquele momento.

Minha PerdiçãoDove le storie prendono vita. Scoprilo ora