CAPÍTULO 20

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Maya havia chegado em casa do trabalho algumas horas antes e estava sentada em um tapetinho na sala brincando com Noah enquanto sua mãe preparava o jantar. Escuta a campainha e se prontifica a atender a porta.

-Carina? -pergunta surpresa ao ver a italiana.

-Oi. -a italiana responde lhe dando um selinho rápido. -Espera um minuto. -diz enquanto se afasta um pouco da porta deixando Maya confusa.

Carina reaparece segundos depois com uma caixa gigante nas mãos.

-Uau! Isso é para mim? -brinca Maya.

-Não, mas isso é. -diz entregando uma pequena flor que havia encontrado no jardim e entregando para a bombeira, seguido de um beijo mais demorado. -Isso é para o Noah. -entra na casa. -Oi Katherine.

-Oi, Carina.

-Vamos abrir, então. -diz pegando a mais velha pela mão e a levando para onde estava o pequeno.

Ao abrir o embrulho Maya fica pasma. Era uma pista gigante de carrinhos que ocuparia metade daquela sala. Noah, por outro lado, amou o brinquedo e fez a mãe montar aquilo imediatamente.

No entanto, Maya não conseguiu evitar de se sentir um pouco incomodada com a situação.

-Então... -Carina puxa assunto enquanto Maya estava concentrada em sua tarefa. -Fiquei sabendo que os bombeiros têm três dias de folga. -Maya a olha intrigada. -Estava pensando que poderíamos ir a algum lugar. Tipo, uma viagem. Mas algo curto. Aqui em Washington mesmo. Nós três. -passa a mão carinhosamente pelos cabelos do menino.

-E aonde vamos? -pergunta se aproximando da doutora e se sentando ao seu lado assim que termina de colocar a última peça no brinquedo.

-Estava pensando em passar o final de semana em Sequim. -encara a bombeira, já se arrependendo da ideia. -Mas, se não quiser, não precisamos ir... -é interrompida com um beijo.

-Eu adoraria, Dra DeLuca. -diz com um sorriso assim que seus lábios se separam. Carina não conseguiu conter o sorriso de orelha a orelha que surgiu em seu rosto.

-O jantar está pronto! -Katherine chama lá da cozinha.

Elas se levantam, Maya pega Noah no colo, e partem em direção a mesa.

[...]

Aquele resto de semana passou mais rápido do que o esperado. Quando perceberam, Maya já estava descendo com a mala pelo elevador, pronta para encontrar Carina, que estava esperando em frente ao seu Porsche.

-Pode colocar a mala no carro? -Maya pede parando no meio do caminho. -Preciso pegar a cadeirinha do Noah que está no jeep.

-Não se preocupe. Já cuidei disso. -a bombeira a olha com a sobrancelha franzida. -Vem. -a agora tenente apenas segue a namorada.

-Você comprou uma cadeirinha? -questiona quando abre a porta e encontra o acessório lá.

-Aham. -responde fechando o porta-malas. -A vendedora me garantiu que esse modelo era o mais seguro do mercado, além de ser o mais novo também. -pega Noah no colo e o coloca dentro do carro, prendendo o cinto no loirinho logo em seguida. -Pronto, ligeirinho. E aí? Ansioso pra se divertir bastante nesse final de semana? -pergunta recebendo gritinhos animados do pequeno como resposta e vai para o lado do motorista, se dando por satisfeita.

Maya ainda fica alguns segundos do lado de fora. Não se sentia confortável com o fato de sua namorada estar enchendo seu filho de presentes. E presentes caros por sinal. Entra no veículo e o trio parte para Sequim, cidadezinha de sete mil habitantes que fica a duas horas de Seattle.

Com apenas alguns minutos de viagem, Maya resolve aproveitar que Noah estava entretido com um joguinho em seu iPad e traz o assunto à tona.

-Sabe, você não precisa ficar enchendo meu filho de presentes.

-Eu sei. -suspira. -Eu só quero que ele goste de mim. -diz olhando o menino pelo retrovisor.

-Acredite em mim, ele já te adora. -sorri colocando a mão na perna da doutora. -Ele ficou falando sobre aquela pista que você deu para ele a noite inteira. Nem queria dormir pra ficar brincando. Muito obrigada por isso, viu. -brinca.

Seguiram o resto do caminho em um silêncio confortável, o único barulho que se ouvia naquele Porsche era o som vindo do iPad de Noah. Como era uma distância curta, não fizeram nenhuma parada. Chegaram em Sequim depois de exatas duas horas e foram direto para o Airbnb que Carina havia alugado.

-Filho, acorda. -diz Maya balançando o menino.

-Deixa que eu faço isso. -se prontifica quando vê Maya fazendo menção de carregar a criança.

A bombeira se afasta um pouco para o lado e a italiana entra no veículo e o tira da cadeirinha, mas não sem antes pegar um pequeno cobertor para lhe cobrir. O outono havia chegado, tornando aquela região um pouco mais fria. Maya pega as malas no porta-malas e entra na casa — seguindo Carina e Noah — depois de trancar o veículo.

A loira fica extremamente impressionada com o lugar. Era bem espaçoso e aconchegante. A sala de estar e a cozinha eram em conceito aberto e formavam um espaço bem amplo. E as grandes janelas colaboravam para a entrada de muita luz natural. A bela lareira elétrica — localizada exatamente entre os dois cômodos — viria muito calhar naquele tempo frio.

-Ele ainda está dormindo. -diz Carina, interrompendo o pequeno momento de admiração da namorada.

-Vou acordá-lo daqui a cinco minutos, senão ele não vai nos deixar dormir a noite.

-Podemos fazer muita coisa em cinco minutos. -diz Carina se aproximando e puxando a mais nova pela cintura.

-Ah é? E o que você tem em mente, doutora? -provoca.

Carina leva seus lábios até o pescoço da loira e começa a chupar o seu ponto de pulso. Maya, em contrapartida, decide puxar os cabelos da italiana — causando uma dor gostosa na morena — juntando seus lábios e iniciando um beijo ardente.

-Mamãe... -escutam uma pequena voz sonolenta vindo das escadas.

-Oi, meu amor. -se separa da italiana e vai ao encontro de seu filho. -Mamãe está aqui. Está com fome? -pergunta pegando-o no colo. O pequeno balança a cabeça positivamente.

-Pode deixar que eu preparo alguma para comermos. -diz Carina e os três vão até a cozinha. -Pedi para abastecerem a geladeira e a despensa pra gente. -informa abrindo o eletrodoméstico. -Como ainda está cedo pensei que pudéssemos sair para fazer alguma coisa, explorar todo esse lugar, mas pelo jeito a mãe natureza quer que a gente almoce por aqui mesmo. -diz olhando pela janela.

-Por mim não tem problema nenhum. -diz andando até a italiana e fazendo um carinho gentil em sua mão.

Carina prepara uma refeição bem simples — porém saborosa — e aproveitam aquele momento em família entre risos e conversas aleatórias.

Assim como Carina havia previsto, uma tempestade tomou conta da cidade. Com relâmpagos iluminando o Airbnb todo e ventanias que davam a impressão que as árvores iam cair em suas cabeças. Maya colocou fones em Noah e ligou em um vídeo em seu iPad para que ele se distraísse e não ficasse com medo.

-Bela estratégia essa do fone. -brinca Carina.

-Ou isso ou escutar ele chorando. E acredite, você não quer vê-lo fazendo birra.

As duas mulheres se juntam a Noah naquele enorme e confortável sofá e optam por assistir algum filme ou série em um dos vários serviços de streaming disponíveis na smartv do Airbnb. Se dividem entre trocarem beijos e carícias — mas, claro, sem aprofundar muito, afinal tinham uma criança do lado — e o que estava sendo transmitido na tela. E assim aproveitam aquele resto de tarde maravilhosa.

N/A: E por hoje é  só. Chegamos ao fim dessa mini maratona kkkkkkkkk Pretendo fazer isso de novo algum dia, que dessa vez com mais capítulos. Espero que tenham gostado e até a próxima! 😊😘  

Love Again - Marina FanficWhere stories live. Discover now