CAPÍTULO 28

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Após a discussão com Carina, Maya vai para o quarto e tenta dormir um pouco, porém sem sucesso. Cada vez que fechava os olhos o barulho das furadeiras parecia mais alto ainda. Resolve pegar suas coisas e ir para o seu antigo apartamento, conversar com sua mãe.

-Oi, filha. -diz com um sorriso ao abrir a porta para a bombeira que entra logo em seguida.

-Eu acho que estraguei tudo, mãe. De novo. -diz indo direto para a sala e se sentando no sofá. Katherine se senta na poltrona que estava na sua frente e espera a filha continuar a falar. -Sabia que era só questão de tempo até a Carina perceber que eu não valho a pena. Afinal eu sou "danificada". -diz fazendo aspas com os dedos e dando um sorriso triste. -Jack costumava me dizer isso.

-Filha... -se aproxima e toca as mãos de Maya que estavam sobre os joelhos. A tenente dá um breve resumo sobre os acontecimentos a sua mãe.

-Sinto que a cada dia que passa eu estou me tornando cada vez mais parecida com ele.

-Maya, para com isso! Você não é nada como o seu pai.

-Como não? Estou surtando por cada mínimo detalhe, cada barulho diferente na casa! -diz se levantando e começando a andar pela sala. -Próximo passo é fazer o Noah começar a correr naquela pista até passar mal. Não quero tratar a Carina como ele te tratava. -diz já sentindo as lágrimas tomando conta de seu rosto.-Não quero que ela pare de me amar, não quero que Noah me odeie... -Katherine se levanta e abraça a filha que já estava chorando copiosamente.

-Meu amor, eu já vi o jeito que aquela mulher te olha. Ela nunca vai deixar de te amar. -seca as lágrimas do rosto da filha. -Agora, você vai dormir um pouco, porque eu sei que você está cansada e depois você vai se desculpar com a sua namorada.

[...]

Carina passa pelas portas do Grey Sloan e vai direto para seu consultório, sem nem se incomodar em falar com ninguém.

-Carina! -Gabriella chama ao ver a amiga passando como um furacão e entrando em sua sala. -O que está fazendo aqui? É seu dia de folga. -diz ao finalmente conseguir alcançar a amiga. Carina vai para sua mesa se sentar e Gabriella se senta em uma das cadeiras que ficavam em frente. -O que aconteceu? -Carina respira fundo e começa a relatar todo o acontecido.

-Ela é controladora... É como se qualquer coisa fora da rotina a tirasse do sério!

-Mas você sabia que ela era assim quando começaram a namorar. E você gosta. -brinca fazendo Carina rir. -Agora é sério. Vai pra casa e se resolve com a sua bombeira.

-Acho que vou ficar aqui mais um pouco. Preciso desse tempo longe.

-Você que sabe. -Gabriella diz se levantando. -Qualquer coisa sabe onde me encontrar.

Carina fica ali tão distraída com seus prontuários e outros trabalhos que nem viu o tempo passar. Quando se deu conta já havia escurecido. Arruma suas coisas e decide voltar para casa, já se preparando para a conversa que teria com Maya.

Dirigiu o mais devagar que pôde, como se quisesse atrasar aquele momento o máximo possível. Mas, pouco tempo depois, já está estacionando na garagem de seu prédio.

Abre a porta e estranha todo aquele silêncio. Por um segundo ficou com medo que Maya simplesmente tivesse pegado suas coisas e indo embora e aquele pensamento já foi o suficiente para enchê-la de tristeza. Não conseguia imaginar mais a sua vida sem ela e Noah. Já amava tanto aquele menino.

Acende as luzes e se surpreende ao encontrar a sala toda decorada. Tinha uma toalha de piquenique — com vinho e uma variedade de comidas — e algumas velas deixando o ambiente mais romântico.

-Me desculpa. -Maya, que estava em pé em cima da toalha, diz com um sorriso doce. -Eu não deveria ter surtado daquele jeito quando você só estava tentando agradar... -é interrompida quando Carina, assim que chega até ela, sela seus lábios. -E a propósito... -diz quando se separam. -O quartinho de brinquedos do Noah ficou incrível. Eu amei!

-Sério? E ele o que achou? -pergunta animada.

-Ele ainda não viu. Saiu da escola e foi direto ficar com a minha mãe. -Carina dá um sorriso malicioso.

-O que significa...

-Significa que teremos a casa todinha só para nós. -voltam a se beijar e dessa vez mais intensamente. Maya vai guiando seus corpos até o sofá, caindo por cima de Carina.

Começa a trilhar um caminho de beijos até chegar ao pescoço da italiana — que responde imediatamente àquele toque com um gemido alto — deixando também várias marcas naquele local.

-A comida vai esfriar... -Carina tenta dizer em meio a todas aquelas sensações que a bombeira lhe provocava.

-A gente esquenta depois. -Maya se ergue um pouco apenas para tirar a blusa que estava usando e Carina não pôde evitar ficar hipnotizada por aquele abdômen definido. Já tinha visto Maya nua várias vezes e, mesmo assim, jamais se cansaria de admirar seu corpo.

Carina começa a tocar aquela região — também conhecida como sua parte favorita do físico da namorada — e se senta acomodando Maya em seu colo. Leva suas mãos ao fecho do sutiã que a outra mulher estava usando e o tira completamente, aproveitando da posição que estava para começar a apertar e sugar seus mamilos. Maya usa suas duas mãos para forçar ainda mais o contato entre a boca da sua namorada e os seus seios.

-Se continuar assim... -Maya começa a falar ao mesmo tempo que tentava normalizar sua respiração. -Eu não vou aguentar muito tempo e olha que você ainda nem começou a me tocar direito.

-Então vamos dar um jeito nisso. -leva as mãos até o botão da calça jeans da tenente, abrindo-a.

Maya deixa Carina desabotoar a sua calça e depois se levanta para tirar a peça completamente, junto com a calcinha. Retorna para cima da italiana e começa a tirar a calça que a mais velha estava usando, que aproveita esse momento para se livrar de sua blusa e sutiã, necessitando urgente do máximo de contato possível com o corpo da outra mulher.

Fica parada por alguns segundos admirando sua namorada antes de descer todo o seu corpo e começar a circular a intimidade da doutora com a língua. Carina leva as mãos até os cabelos loiros da bombeira e começa a gemer descontroladamente e Maya estava amando cada som emitido pela amada. A bombeira acrescenta dois dedos e instantes depois sente as pernas de Carina — que agora estava ao redor de seu pescoço — tremendo compulsivamente, chegando assim ao orgasmo.

-Meu Deus... -Carina diz tentando normalizar a respiração enquanto Maya vai subindo de volta, beijando cada centímetro de seu corpo pelo caminho, e deitando sobre ela. Carina utiliza daquela posição em que estavam para começar um carinho nas costas da tenente.

Nem sabiam exatamente quanto tempo ficaram ali abraçadas, apenas aproveitando a companhia uma da outra. Se levantam apenas quando a barriga de Carina começou a roncar e usam daquele momento para comer a comida que Maya havia preparado. Após a pequena refeição vão para o quarto continuar exatamente da onde haviam parado.

Maya é acordada na manhã seguinte com um barulho insistentemente irritante. Se dá conta que é a campainha e já se levanta amaldiçoando todos os descendentes da pessoa que a estava incomodando a essa hora da manhã. Pega a primeira roupa que conseguiu encontrar — uma camiseta dos Seattle Seahawks — e vai até a entrada para ver quem era.

Ao abrir a porta se depara com um homem mais velho, alto e extremamente bem vestido. Quando Maya estava prestes a abrir a boca para perguntar o que o homem queria, Carina surge atrás dela.

-Papà?

N/A: E a paz voltou a reinar para o nosso casal 😌 tá vendo gente com paciência tudo se ajeita kkkkkkkkk Espero que tenham gostado e até semana que vem! 🤭😉

Love Again - Marina FanficWhere stories live. Discover now