• Capítulo 5 •

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New York | 2015

Eles estavam ignorando a situação a mais de uma hora. Steve olhava de beira de olho para ela e Natasha sentia esse olhar. Tony e Yelena realmente se davam muito bem, foi como se tivessem se encaixado no termo melhores amigos.

Wanda, por mais avoada que se sentia-se depois de três taças de champanhe, ainda conseguia ter noção de talvez estivessem criando laços com novas pessoas, o que era muito difícil para elas. Para Natasha, sendo mais específica.

Era por conta de seu passado, as duas já tinham tido essa conversa. Onde Natasha contou quase tudo sobre como se sentia em fortalecer relações, o temor de se apegar demais. "Pessoas com quem me importo tem tendência a morrerem ou se afastarem de mim". O gatilho da amizade delas começou aí, quando ela se permitiu ter uma leal e verdadeira amiga.

Sua irmã não tinha amizades fixas com mais ninguém além de Wanda, igualmente à ela. Mas fazia colegas e conhecidos por todos os lugares que passava. Tony poderia ser o primeiro amigo real dela. Natasha torcia muito por isso. Yelena não merecia relembrar os traumas que Natasha lembrava.

— Natasha, prefere pizza de milho ou de quatro queijos? — Pepper perguntou no telefone.

— Prefiro de frango com catupiry ou molho de queijo — ela respondeu, recebendo umas vaias de concordância.

— Então vamos pedir vinte pizzas? — Maria disse, cada pessoa estava querendo cinco sabores diferentes.

— Não, não vamos pedir vinte pizzas — Tony afirmou tomando o telefone de Pepper — Por mais que eu possa comprar a pizzaria inteira.

Murmúrios e revirar de olhos foram as reações do público reunido na sala. Natasha sugeriu que jogassem alguma coisa e todos se interessaram na ideia.

— Nada de verdade ou desafio aqui, ouviram? — Thor avisou de aproximando da mesinha de centro.

— Por quê? Tem medo de uma brincadeirinha de criança? — Wanda deu um riso debochado.

— É porque ele está de rolo com uma certa loira selvagem — sussurrou Tony em resposta — Não quer se meter em encrenca.

— Justo — pontuou Yelena — Vamos jogar algo mais elaborado então. Que tal...

— Vinte um não é uma brincadeira elaborada, Yelena — Nat a cortou. A irmã mais nova emburrou a cara com raiva — Cara feia, pra mim, é fome.

— Tanta fome que vou comer o seu...

— Olha a língua — Steve interrompeu antes que o palavreado sujo saísse. Natasha riu da indignação de Wanda e Yelena — O quê?

— Qual é o problema de falar cu? — perguntou Wanda.

— Não é uma palavra bonita a se dizer, é um palavrão bem feio na verdade — deu de ombros.

— O Steve é assim mesmo, se preocupa com coisas banais demais. Até com falar uma palavrinha de baixo calão — Pepper respondeu, deixando a taça de champanhe de lado e bebendo vinho — Vive corrigindo a gente.

— Uma vez eu falei "pau" e ele reclamou então passei o chamar de picolé, assim continua com o mesmo sentido mas não fica desrespeitoso — Tony fez questão de enfatizar a última palavra com um tom de deboche.

— Que culpa eu tenho se minha mãe deu uma ótima educação e me ensinou desde pequeno a não falar esses tipos de coisas inapropriadas? — rebateu ele.

— Nossa, você é um cara exemplar! Não fala palavrão, é gentil e esbanja esse sorrisinho tímido por aí. Falta dizer que vai à Igreja — provocou Yelena. Steve deu uma leve corada.

Sua filha, Sarah | RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora