Sua filha, Sarah | Romanogers

• Capítulo 18 •

New York | 2015

Mal havia amanhecido e Natasha tinha captado uma agitação a mais na cama. Steve estava por debaixo do lençol, o corpo entre as pernas dela e a boca vagando pelos seios.

Ela sentiu a mão quente dele subindo e acariciando o seu pescoço, um sinal de que sabia do despertar da mulher. Natasha sorriu sonolenta, não rejeitando os toques dele e alisando o ninho de cabelos loiros bagunçados.

Conhecendo a risada que ele deu, estava claro que as intenções eram inocentes até aquele momento e que agora o foco tinha mudado. Nat manteve os olhos fechados enquanto os beijos de Steve seguiam um trajeto até eles.

— Coisa linda e manhosa — ele suspendeu o corpo nos braços aos lados de Natasha.

— Achei que fosse um cachorrinho me acordando, com esse tanto de beijos e lambidas era bem provável — ela finalmente abriu os olhos, dando de cara um uma parede humana sobre si.

Steve era enorme perto dos um metro e sessenta dela.Tanto a musculatura quanto as outras partes do corpo do homem, às vezes a assustavam pelo tamanho.

— Cachorrinhos mordem — Steve se abaixou e mordeu a bochecha dela — Agora sim.

— Hum, Steve... — Natasha sorriu — Como vamos fazer hoje?

— Sobre Thor e Carol? — ele perguntou deitando com as costas encostadas na barriga dela — Não pensei nisso ainda, alguma sugestão?

— Ainda está com raiva deles?

— Estou. Mais com raiva de Thor.

— Então a melhor coisa a se fazer é esperar essa raiva sumir e quando isso acontecer, converse com eles e aja da forma que achar melhor — ela propôs, mordendo a nuca dele — Mas você não pode os impedir de namorar ou transar... ou seja lá o que eles estejam fazendo.

— Ela é minha irmã — ele retrucou fazendo uma cara de reprovação.

— Mas o lance é deles — Natasha acrescentou — Não adianta correr, capitão, sua irmãzinha gosta do Thor.

— É estranho ouvir isso.

— Steve, o que você mais deseja para sua irmã é que ela seja muito feliz, né? Então se Thor a faz feliz você terá que engolir o relacionamento dos dois.

— Eu vou tentar mas é difícil — Steve virou e encarou o rosto adorável de Natasha após acordar — Odeio quando você está certa.

— Eu sempre estou certa, e o dia que eu estiver errada não contarei pra você.

– Não importa, eu saberia descobrir sozinho mesmo — deu de ombros.

— Curioso.

— Descarada.

— Convencido.

— Teimosa.

— Mimado.

— Cínica.

Eles se encaram por um instante, se fuzilando com o olhar e esperando a próxima farpada enquanto formulavam uma resposta nova. Como Steve foi o último a insultar ele estranhou o silêncio de Natasha.

— É isso que pensa de mim? — ela perguntou cruzando os braços, uma expressão magoada estampada no rosto.

— O quê? — ele se sentou corretamente, ficando frente a frente com a ruiva — Achei que estivesse brincando...

Steve parou a fala meio desesperada, ele realmente tinha achado que ela não gostou da brincadeira e agora cortaria suas bolas fora, mas bastou olhar mais atentamente para o pescoço e as mãos dela que a verdade saiu a tona.