• Capítulo 42 •

1.5K 114 348
                                    

Trysney | 2023

No domingo de manhã, Thor estava na porta de sua casa para buscar Sarah. O que mais uma vez, provava que Steve realmente tinha a visto da brecha do banheiro e ainda estava envergonhado demais para olhá-la nos olhos. Ele esperava no carro, escutando Carol falar para fingir que nada estava errado.

Os Barton’s tinham saído antes que Sarah, alegando que queriam conhecer a cidade. Natasha disse a localização da casa de Yelena, Wanda e Maria. Um ponto de salvação caso se perdessem.

Assim que Sarah foi embora, Natasha esquentou uma porção de salmão e pegou um dos potinhos de saladas que ela já deixava separado no dia a dia. O quintal estava bagunçado ainda, mas ela estava com preguiça demais para fazer alguma coisa além de comer e dormir.

Um domingo sem Sarah não era tão estranho. Elas costumavam ficar juntas apenas na hora da refeição e depois cada uma ia para seu quarto para dormir ou assistir algum programa que desse sono. Apesar disso, a solidão não era algo ruim para Natasha. Ficar sozinha significava que ela não tinha que se preocupar, não precisava esconder.

Seus amigos eram importantes, ela amava sua família, muito mesmo. Gostava de ficar com as pessoas que a faziam bem. Sentiu falta de Laura quando se afastaram, sentiu falta de Pepper quando ela também foi embora, sentiu falta de Steve quando terminaram. 

Mas, apenas saber que todos eles estavam bem já servia. Então ela aproveitava os momentos de solidão. Sabendo que as companhias sempre voltariam antes que ela começasse a se sentir realmente muito sozinha.

“Está sozinha na sua casa? Gostaria de conversar um pouco”

Aquela mensagem acabava com seus planos de curtir o isolamento. O número não estava salvo, mas a pessoa não demorou para se identificar.

“É a Sharon Carter”

“Laura saiu com a família, estou sozinha por umas horas”

Elas não tinham o que conversar. A não ser que o assunto fosse Steve e mesmo assim, não era comum que as duas quisessem se falar. Isso a deixou intrigada, por isso aceitou que Sharon viesse a sua casa desembuchar sobre o quer que fosse que tinha para contar. 

E não demorou para que ela chegasse tocando a campainha, a face corada e ofegante. Ela tinha corrido?

— Bom dia, está tudo bem? — Natasha liberou a passagem da porta.

— É, estou bem. Tive que vir correndo porque estava sem o carro na rua — ela respondeu, tomando fôlego e a encarando com o erguer de ombros — Achei que você nem fosse me responder.

Natasha estendeu a mão num gesto para que ficasse à vontade e sentasse no sofá. Ela ficou ao lado, uma almofada de distância. Sharon parecia tensa e não fazia ideia de por onde começar.

— Água, café ou suco? — ofereceu, numa tentativa de dissipar o nervosismo dela. 

— Não, obrigada — suspirou Sharon — Tenho que te contar uma coisa que aconteceu em 2015.

— Ok, vai ser nesse nível. Tequila ou conhaque? — ela não esperou resposta, pegou as duas garrafas e dois copos de shot — Vamos começar com conhaque e quando piorar vamos para tequila.

— Já começa ruim — Sharon disse, ingerindo a dose de conhaque que Natasha tinha enchido — Antes, me tire uma duvida. Você foi ao apartamento de Steve quando Peggy levou uns colegas chapados?

— Fui. Uma das coisas que mais me arrependo em toda minha vida, pouparia menos traumas.

Realmente, uma experiência traumática. O que ela tinha visto não seria apagado de sua mente nunca. 

Sua filha, Sarah | RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora