Capítulo 8

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Maria Carmichael.

Retornamos as aulas na segunda-feira como se nada tivesse acontecido, tirando que perdi minha moto, ou melhor, o xerife confiscou ao me ver ultrapassando os limites. Agora estou indo de bicicleta com Scott, somos uma boa dupla viajante.  Ele passou o caminho todo assustado me contando sobre o pesadelo que teve, acontecia dentro de um ônibus escolar onde ele machucava Allison em um ataque de raiva.

A primeira aula de francês foi tranquila, a segunda foi de Inglês, eu tive que aguentar as indiretas do professor. Ele ainda pensa que sou filha de mafiosos, eu vou me ferrar por causa dessa história um dia.

Quando a aula acabou dei graças aos céus e corri para a aula de química com um sorrisinho. Entrei me sentando na mesma bancada que Scott, o professor veio logo em seguida largando o material na mesa.

─ Maria! Você não vai acreditar. ─ Stiles se agitou na cadeira de trás. ─ Sabe o sonho do Scott, pode ser que tenha acontecido de verdade.

Me virei com tudo arregalando os olhos, se for como o pesadelo, então...

─ Você, você atacou alguém? Tem certeza disso? Eu encontrei com a Allison na aula de francês, ela estava perfeitamente bem. Até perguntou de você.

─ Ela perguntou? ─ Scott sorriu.

─ Scott! Foco cara. ─ Stiles deu um peteleco na orelha dele.

─ Tá, tem meu sangue na porta.

─ Pode ser sangue de animal. ─ Stiles sugeriu dando de ombros.

─ É uma possibilidade. ─ Abri o caderno mordendo a tampa da caneta.

─ É, vai que você pegou um coelho, sei lá.

─ E fiz oque? ─ Scott franziu a testa confuso.

─ Obviamente comeu. ─ Comentei folheando a divisão da matéria até achar a última atividade.

─ Cru? ─ A pergunta de Scott me fez levantar a cabeça arqueando a sobrancelha em sua direção.

─ Não, você parou pra assar no forninho de lobisomem. ─ Stiles respondeu com sarcasmo, me fazendo balançar a cabeça.

─ Senhor Stilinski, se essa é a sua ideia de sussurro, recomendo que tire o fone. ─ O professor chamou nossa atenção. ─ McCall e Carmichael vão fazer bom proveito longe. Agora separem-se!

Me levantei contragosto e resmunguei sentando na única banca vazia disponível. Ao lado de Jackson. Ele me deu um sorrisinho zombador se recostando na cadeira.

─ Com raivinha, Maria?

─ Nã-

─ Acho que acharam algo! ─ Uma garota gritou olhando pela janela, todos se levantaram para ver o que era.

A policia encaminhava uma maca com um corpo para dentro da ambulância. Olhei para os rapazes por cima do ombro negando com a cabeça, indicando que estávamos errados na teoria do sangue animal.

─ Isso não é um coelho. ─ Scott murmurou.

Quando fomos liberados peguei a bicicleta e fui até a propriedade de Derek, tenho certeza que ele sabe como podemos descobrir se foi mesmo o Scott. Deixei a bolsa e a bike um pouco longe e corri até a casa abandonada.

A BRUXA SURPRESA | ᵈᵉʳᵉᵏ ʰᵃˡᵉWhere stories live. Discover now