Capítulo 16

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Maria Carmichael.

Fiquei deprimida sentada ao lado do xerife, observando a equipe da perícia, os socorristas ajudando Lydia, Scott tendo uma possível DR com Allison e Stiles tentando de forma nada sutil achar o corpo do Derek.

Um completo caos.

Consegui me acalmar depois de ver um homem morto pela primeira vez na vida. Tenho que começar a me acostumar com esses acontecimentos, afinal, estou morando na cidade mais louca do planeta. Aparece de tudo, um fato anotado.

Veja coisas horríveis e esteja preparada para coisas horríveis.

─ Maria, vem! ─ Stiles empurrou Scott para dentro do jipe.

Me despedi do xerife e corri para dentro do carro agradecendo mentalmente por sair daquele lugar. Fomos em silêncio, um chateado, outro pensativo e eu jogando no celular. Stiles puxou uma garrafa de algum lugar perto do freio e saiu nos chamando.

─ Está ficando muito tarde Stiles, o que estamos fazendo aqui nessas rochas? ─ Scott perguntou seriamente.

Estávamos em um lugar aberto perto da floresta, sem árvores tapando a vista maravilhosa do céu estrelado. A lua decorava e iluminava as pequenas, quase imperceptíveis, nuvens próximas.

─ Isso aqui é vodka. ─ Ele levantou a garrafa cheia. ─ O remédio de pessoas que tomam pé na bunda.

─ Eu não tomei um pé na bunda, ela pediu um tempo.

─ Isso se chama pé na bunda gentil. ─ Stiles rolou os olhos.

─ Eu nunca bebi coisas alcoólicas antes. ─ Admiti sincera. Só bebo suco, água e refrigerante.

─ Relaxa, nós vamos cuidar da sua primeira vez no mundo dos bêbados. ─ Stiles passou o braço por cima dos meus ombros. Ele é uma péssima influência devo ressaltar, só me leva pra morte, seja ela lenta ou rápida, inacreditável.

─ Mas a gente está de carro. ─ Avisei levantando as mãos. ─ Nunca ouviu falar do "Se beber não dirija"?

─ Eu não fico bêbado. ─ Scott sussurrou no meu ouvido, como se isso fosse me acalmar.

─ Se eu morrer vocês já sabem. ─ Puxei a garrafa das mãos de Stiles me sentando em uma das muitas rochas.

Você vai falar mal de mim no céu. ─ Stiles diz como se recitasse um poema.

Puxei a tampa dando uma golada receosa, o líquido parece ter vindo direto do inferno, queimou até minhas vísceras quando desceu por minha garganta. Stiles e Scott ficaram me encarando curiosos, esperando a primeira reação.

A sensação agridoce me fez sacudir a cabeça para os lados. Ruim no início, mas depois se torna bom.

─ Isso é bom, ─ Eles riram quando eu encarei a garrafa. ─ Acho que perdi um ano de vida só com essa golada.

─ Mais uma bebarrona na equipe. Minha vez. ─ Stiles pegou bebendo em seguida. ─ Engole isso e sente a bad, meu garoto.

Depois do terceiro gole, não via nada nítido, nem falava coisas coerentes. Acabei deitando com a cabeça na barriga de Stiles com as pernas apoiadas nas rochas. O único que parecia e estava sã era Scott.

A BRUXA SURPRESA | ᵈᵉʳᵉᵏ ʰᵃˡᵉWhere stories live. Discover now