A BRUXA SURPRESA | ᵈᵉʳᵉᵏ ʰᵃˡᵉ

Capítulo 35

Maria Carmichael.

— Maria Ava... — A voz rouca raspou a pele do meu braço, senti uma mão afastando os cachos bagunçados do meu rosto. — Deveria tentar não chegar atrasada na escola...

Sobressaltei sentando, escutando a risada divertida dele. Meu rosto inchado causou algo no homem enrolado em meus lençóis. Fiquei pensativa recordando da noite anterior, tivemos uma conversa tensa para ambos os lados.

— (...) Quer ser oficialmente minha namorada?

Essa frase foi jogada antes do sono me levar por completo. Toquei o colar em meu pescoço, com um pingente azul safira de lobo em miniatura. Ele realmente me pediu em namoro... E eu aceitei sem pensar duas vezes antes de cair no sono.

Um sorriso curvou meus lábios, mesmo sabendo que estou semelhante a um espantalho, nada me tira essa felicidade.

— Bom dia pra você também! — Deitei novamente virando de lado, o encarando. Derek imitou meu gesto arrastando meu corpo para perto. — Temos oficialmente licença poética para sermos o casal mais perigoso de Beacon Hills. — Mostrando o pingente, afaguei o peito dele. — Agora é namorado de verdade...

— Sem dúvidas, agora você é minha bruxa e ninguém pode dizer nada a respeito. Posso tocar em você sem ter que aguentar seu amigo imbecil tagarelando, ele acha que estamos no século passado. — Murmurou e negou sozinho ficando carrancudo. — Vai mesmo sair de casa?

— Ninguém mandou me acordar. — Pensei deixando um beijo em sua bochecha e levantei, Derek ficou na cama resmungando e amaldiçoando meus estudos. — Se eu não conseguir chegar no campus de uma faculdade a culpa é sua.

— Poderia esquecer o colegial e vir pra cama! — Ele ditou totalmente contraditório, não entendo o motivo de ter me acordado se não queria que eu levantasse. — Acabamos de começar a namorar e você já está querendo me abandonar!

— Não sabia que ser dramático fazia parte do cotidiano dos Hale's. — Abri a gaveta pensando na roupa que vou usar. De costas, escutando Derek e seus rosnados indignados. — Prometo que quando chegar, vou dar toda minha atenção pra você.

— Duvido... — Ele sussurrou enigmático, rapidamente me virei desconfiada.

— O que você fez, Derek?

— Nada, eu não fiz nada! — Arqueou a sobrancelha, até parece que com aqueles betas encrenqueiros ele ficaria quieto.

— Eu vou reformular então... — Me aproximei parando no pé da cama, seriamente mordi a ponta do polegar nervosa. — O que você está planejando fazer?

— Pensa tão mal de mim, Maria Ava?

— Não seja evasivo!

— Evasivo?

— Isso, está fazendo de novo!

Ele se sentou arrastando o traseiro até a beirada, abriu as pernas me puxando pelo quadril. Seu olhar escondia uma verdade, mas ele não queria dizer por algum motivo.

— Vamos Derek! — Segurei seu queixo quadrado, buscando seu olhar. — Você me acordou zombando da minha falta de pontualidade, depois se contrapôs me chamando de volta pra cama. O que pretende?