Capítulo 14

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Maria Carmichael.

Se passou um dia desde que Scott levou uma surra. Ele teve a brilhante ideia de tentar chamar o alfa pela ligação beta, por isso que agora estamos em plena oito horas da noite plantados em frente a escola. Esses dois adquiriram a mania de me arrastar para todos os lugares, não que eu não goste de sair com eles, são meus melhores amigos, mas dessa vez eu realmente não estou curiosa.

─ É uma péssima ideia. ─ Stiles veio o caminho inteiro resmungando essa frase.

─ Tem uma melhor? ─ Scott o olhou esperançoso.

Me encostei no jipe observando ao redor atentamente. Dá última vez ele enfiou as garras em mim, antes que eu pudesse reagir. Não vou baixar a guarda dessa vez, preciso estar preparada. Se vovó ou Ariel estivessem aqui elas saberiam o que fazer.

─ Que tal ignorar o problema até ele desaparecer por completo? ─ Stiles deixou a atmosfera mais leve com sua indignação.

─ Só coloca a gente la dentro.

Fiquei absorta com a escuridão da noite, sentindo o frio gelado balançando e secando meus cachos úmidos. Stiles tirou uma tesoura amarela gigante do porta malas do jipe.

─ Tem alguma coisa errada. ─ Avisei sentindo um frio na barriga, ─ Ou só estou com medo?

─ Obrigado, achei que estava ficando louco. ─ Scott mordeu o lábio inferior olhando para a estrada. ─ Tem um carro chegando. É o Derek.

O esportivo preto freou bem diante de nós, o motor roncou antes de Derek sair com sua habitual roupa de soldado durão.

─ Cadê meu chefe? ─ Porque Scott perguntou sobre ele para Derek?

─ Tá aí atrás. ─ Respondeu fazendo pouco caso e bateu a porta do motorista dando a volta.

Minha confusão ficou notória, o que o veterinário tem haver com toda essa história?

─ Porque trouxeram o Deaton?

─ É eu tive a mesma reação. ─ Stiles murmurou e olhou o homem desmaiado. ─ Que incrível, ele tá tão confortável. Aliás, sabe o que é conforto, Derek?

─ Derek acha que ele pode ser o alfa.

Era meio inacreditável e improvável, mas quem sou eu para dizer algo se ele tem tanta certeza. Não tenho a menor ideia de quem possa ser, já os garotos tem seus palpites. Nos viramos prontos para executar o plano, a escola parece mais sombria do que o normal à noite. Poderiam facilmente gravar um filme de terror nos corredores escuros.

─ O que vão fazer? ─ Derek perguntou estranhando.

─ Você disse que eu tenho uma ligação com o alfa. ─ Scott explicou olhando por cima do ombro enquanto nos seguia. ─ Vou ver se tem razão.

Subimos os degraus rápido. Stiles usou a tesoura de cortar arames para abrir o cadeado. Abrimos a grande porta e entramos no maldito breu que eram os corredores da Beacon Hill School.

Tem um microfone na sala da direção que manda áudio diretamente para todos os autofalantes dentro e fora ao redor do edifício. ─ Liguei a lanterna os guiando. ─ Fica no segundo andar perto da sala dos professores.

─ Beleza, vamos nessa meu povo. ─ Stiles nos arrastou como se estivéssemos em um filme de suspense.

A sala foi fácil de achar, fiquei sentada mexendo nas pastas com dados escolares enquanto os dois mexiam nos aparelhos. Parei de folhear quando Scott pegou o microfone e deu uma tentativa de uivo horrorosa. Uma risada frenética escapou ao compará-lo com um gato engasgado.

A BRUXA SURPRESA | ᵈᵉʳᵉᵏ ʰᵃˡᵉWhere stories live. Discover now