Cores Quentes

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Ryland tinha passado pelo menos três horas em uma reunião com Alva Karlsson e os demais soldados snöleses que entendiam francês.

Tinha dito a Lynae para ficar no hotel, o que não exatamente a agradou, mas Ryland queria saber se os soldados realmente iriam trata-lo como se ele fosse um invalido sem a princesa. Acertou em cheio. Assim que aparecera para a reunião sem ela, os soldados assumiram uma postura relutante.

Apesar de eles terem ouvido cada instrução de posicionamento sugerida por Ryland, eles deixaram bem claro ao príncipe que não assumiriam qualquer posição ou receberiam qualquer ordem, antes do casamento entre o príncipe e Lynae.

Foi uma reunião difícil. Agora Ryland entendia o que Markus quis dizer, quando afirmou que os soldados não o seguiriam sem Lynae.

Quando chegou ao hotel cinco estrelas de Paris, estava mais do que cansado. O hall com enfeites dourados praticamente o saudou, assim como os funcionários da recepção.

Ele subiu até o último andar pelo elevador, onde ficavam os quartos mais luxuosos do hotel, que eram maiores do que muitas casas.

Ryland parou em frente a porta do quarto de Lynae e bateu três vezes seguidas. Não sabia exatamente o que iria falar com ela, tinha ido mais por impulso do que por qualquer outra razão.

As portas duplas eram feitas de madeira escura, o portal era dourado, assim como as maçanetas e havia uma placa pregada na porta com os dizeres "quarto real".

– Pode entrar – a voz de Lynae soou de dentro do quarto.

O príncipe abriu a porta e a fechou, assim que entrou.

O quarto era enorme. A cama de casal king size ficava em um dos lados do quarto, perto de uma escrivaninha e uma mesinha de cabeceira. O armário ficava do outro lado, perto de uma alta estante cheia de livro oferecidos pelo hotel. No centro do quarto havia um desnível, onde ficavam dois sofás e uma mesinha de centro. Janelas altas ficavam distribuídas por todo o quarto, mas nenhuma sacada, como medida de segurança.

Uma música soava no ambiente. Era melancólica e possuía apenas a parte instrumental.

Todo o quarto cheirava a flores tropicais adocicadas e estava ligeiramente abafado.

No fundo do quarto ficava uma banheira feita de cerâmica com suporte de madeira; um porta toalha ficava próximo a ela. Ao lado dela, ficava a porta que levava ao banheiro.

Lá estava Lynae, dentro da banheira rodeada de espuma. Ela estava com os braços apoiados nas bordas de cerâmica, uma das pernas estava pra fora da água apoiada em seu joelho dobrado e a cabeça estava inclinada pra trás, os cabelos ainda com o penteado de mais cedo, o coque de lado.

Assim que o viu, ela abriu um imenso sorriso e fez um sinal com a mão para que ele se aproximasse.

– Eu acho melhor eu voltar mais tarde...

– Bobagem. Eu posso estar nua, mas a espuma está cobrindo minhas partes interessantes. Sabe – Lynae riu – você tem que ver a sua cara. Chegue mais perto, Rylie.

Para alguém que achava errado chamar o príncipe regente pelo primeiro nome, Lynae tinha estabelecido certa intimidade ao inventar um apelido pra ele.

Ryland andou mecanicamente para mais perto da banheira, mesmo tendo um mal pressentimento sobre isso.

Lynae tinha razão, suas partes interessantes estavam cobertas pela espuma. Mas Ryland ainda podia ver muito bem a curva dos seios dela sobre a água e boa parte de sua perna esquerda, fora o fato de que ele estava totalmente ciente de sua nudez. Isso foi mais do que suficiente para fazer um calor começar a descer por entre a virilha do príncipe.

A Rainha da NeveDonde viven las historias. Descúbrelo ahora