Seis: Aquele em que há uma corrida para o céu

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-Você sabe quem vai ficar por aqui durante todo o fim de semana? O meu pai quer me levar para passar em casa, alguma confraternização em família ao que parece, mas eu não quero ir. É sério, sempre que apareço a minha tia vem com aquelas mãos estranhas, apertando as minhas bochechas e dizendo "Oh, céus, como o meu pequeno Raymond cresceu!" e coisas do tipo. -Ray diz, imitando a voz de sua tia perfeitamente mal.

                                                                            Gerard revirou os olhos.

-Pelo ao menos a sua família ama você e só está aqui porque seu pai é diretor do colégio. Eu queria que a minha família me amasse assim. -Frank responde, levando seu sanduíche até a boca.

-Eu sei, eu sei, todo mundo diz isso. Acontece que eu não posso evitar me sentir assim. É no minimo estranho. -Resmungou ao que se levantava, sorrindo contido em seguida.-Olha, eu tenho que ir meninos. Por favor, aproveitem o fim de semana e NÃO se matem! -Completou.

     Gerard e Frank se encararam rapidamente. Ray abraçou ambos e então despediu-se, caminhando para fora do colégio juntamente aos outros alunos que eram amados por suas famílias.

     Way rapidamente levantou-se, pegando o último pedaço de seu sanduíche e marchando em direção ao seu dormitório. Iero o seguia, ou pelo ao menos tentava.

-O que vocês fazem aqui nos finais de semana? -Ele questiona ofegante por tentar correr atrás do outro.

-Depende. Se você quer arrumar uma garota, pode ir para o clube de teatro. Se quer ser popular, pode se juntar ao time de futebol, ou com os caras do xadrez se quiser ser muito inteligente. Tem um clube do livro, onde eles leem histórias cujo já estou cansado e o clube de artes, onde eles não nos deixam criar de verdade. Ah, eu já ia me esquecendo! -Resmungou, finalmente parando de caminhar e encarando o menor. -Existe o clube dos viadinhos que ficam em seus quartos sem fazer merda alguma porque são estranhos demais até pra um lugar como esses!

      Frank o observou por alguns segundos. Ele estava claramente estressado.

-Por que você está bravo?! Ah, espera! Você é o viadinho que fica em seu quarto sem fazer nada?! Eu já desconfiava.

      E mais uma vez Gerard revirou os olhos, voltando a caminhar. Ele tinha lindos olhos, Frank pensou.

-E se fizéssemos algo? Sei lá, quer ir ver o time de futebol treinar?!

-Não gosto de sol. -Respondeu ao que se jogava em sua cama.

-Oh, me desculpe Conde Drácula, apenas estava tentando ser legal.

-Não tente.

-Eu tô entediado.

-Eu não ligo.

    Frank franziu o cenho. Gerard era realmente uma grande incógnita e ele estava adorando, não ia parar até conseguir a atenção do garoto de olhos esverdeados com quem dividia o quarto.

-Por que você me trata dessa maneira? Sei lá, eu já disse obrigado por você ter me ajudado naquela noite e até me ofereci para te ajudar caso precisasse, mas até isso você negou. Escuta, eu só estou tentando ser o seu amigo, eu não vou fazer nada que possa te machucar, só tô cansado dessa sua arrogância! -Frank disse, a voz ficando um tom mais aguda.

                       Gerard sentou-se em sua cama, cruzando os braços na altura do peito.

-Não é arrogância, Frank Iero, é modo de segurança.

-Não diz o meu nome completo.

-Por?

-O meu pai. Antes de eu vir parar aqui, ele dizia que eu nunca seria um dos Iero's de verdade.

Hig School For Bad Good Guys (Frerard, Livro 1)Where stories live. Discover now