Doze: Aquele em que garotos jogam videogame

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   Quando Gerard chegou em casa, sua mãe estava sentada em uma poltrona da sala e a TV reproduzia alguma baboseira em um volume questionável. Fechou a porta vagarosamente, tentando não ser percebido pela mulher e, em seguida, tratou de subir os degraus até seu quarto na mesma mansidão de um rato.

                            Donna o havia percebido, logo revirou os olhos.

  Way adentrou seu quarto, trancando a porta com pressa ao mesmo tempo que um garboso sorriso fazia morada em seus lábios. O rapaz respirou fundo, retirando a mochila de suas costas e jogando-a em qualquer lugar, pulando em sua cama em seguida e fazendo com que seu irmão o encarasse questionador.

-Posso saber o que está acontecendo, por acaso? Para estar sorrindo desse jeito, com certeza deve ter matado o Frank no passeio de vocês dois. -Mikey resmungou ao que se aproximava, sentando-se na cama do irmão. 

   Gerard ainda demorou alguns minutos para responder, o que levou o Way mais novo a o atingir com um de seus travesseiros. 

-Eu estou falando com você, Gerard! Da última vez em que te vi ficar assim, estava apaixonado por você sabe quem. 

-Ai Mikey, não menciona o nome daquele idiota perto de mim! -Gerard diz, sentindo arrepios passarem por seu corpo apenas pela menção ao ex-namorado.- Olha, tenho uma coisa pra te contar, mas tem que ficar entre nós dois. Ninguém pode saber, nem mesmo os seus amigos.

-O que você fez de tão grave? Não me diga que matou o pobre Frank? Ai Gerard, como é que vamos esconder o corpo?! Já sei! Vamos dizer que foi a mamãe e dai tudo fica bem!

                   Foi a vez de Gerard acertar o irmão com um travesseiro.

-Eu beijei o Frank, Mikey! -Exclamou em um sussurro gritante.

    A expressão de Mikey mudou drasticamente para algo como incrédulo em questão de segundos.

-Você o quê?! -Questionou em um grito.

                                                  Gerard o acertou outra vez.

-Não o beijei na boca, Mikey, não surta! Eu queria beijá-lo na boca, e sentir aquele piercing que ele tem na boca deve ser maravilhoso e... -Mikey tossiu, alertando o irmão para que ele o poupasse dos detalhes.- Enfim, eu dei um beijo na bochecha dele e saí correndo. Eu deixei ele estático e sozinho pela segunda vez, tô me sentindo um tremendo idiota e feliz ao mesmo tempo. Me ajuda Mikey, você é mais experiente com isso do que eu.

    O mais velho não mentiu quando disse que Mikey era mais experiente com relacionamentos que ele. O mais novo era um ímã de relacionamentos, as garotas o disputavam na escola. Ele se gabava ás vezes.

-Fala com ele, Gee. É a melhor coisa a se fazer. 

-Não consigo, Mikey. Não é tão simples assim. Como vou encarar ele na casa do Ray?! 

           Mikey revirou os olhos.  

-Escuta aqui seu protótipo emo de David Bowie... -Mikey disse ao que segurava o irmão pela gola de sua camiseta.- Você vai falar com ele, nem que seja por mensagem, e você sabe por que?! Porque você já passou tempo demais da sua vida apenas aguentando merdas e mais merdas, tem o direito de ao menos ter um romance digno. Se o Frank não parou de falar com você da primeira vez, é porque ele também está gostando, se joga Gerard! -Completou, soltando-o em seguida. 

            Gerard se levantou, procurando por sua mochila apenas para poder procurar por seu celular. Ray precisava receber uma mensagem, não iria falar com Frank nem que Mikey o sufocasse com um travesseiro.

Hig School For Bad Good Guys (Frerard, Livro 1)Where stories live. Discover now