Onze: Aquele com um encontro

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-Mãe, a senhora tem que perdoar, porém, Titanic é patético! Olha, veja bem, não tô falando do barco em si, eu tô falando sobre todo esse drama em cima de uma tragedia, essa coisa de romance tristonho é um porre. -Ele tossiu limpando a garganta.- É claro que o Jack cabia naquela merda de madeira, dai ele teria ficado vivo também e, além do mais, não era muito mais fácil dar outro fim a aquele colar do que jogá-lo na água onde qualquer pobre peixinho iria comer? Sei lá, talvez vendê-lo e doar o dinheiro à caridade. É uma boa, eu acho. -Completou, levantando sua cabeça do colo de sua mãe para finalmente encará-la com uma expressão divertida.

                           Linda revirou os olhos em brincadeira, sorrindo logo em seguida.

-Você ainda está tentando ficar vegetariano? Esse discurso sobre os peixes comerem o colar me pareceu tipico de alguém assim. -Ambos gargalharam brevemente.- Olha, essa é a graça dos romances trágicos. Não seria a mesma coisa caso tudo isso que você disse houvesse acontecido e você vai entender a música da Celine Dion quando estiver perdidamente apaixonado e as borboletas fazendo morada no seu estomago e...

           A fala da mulher fora interrompida por Frank levando o dedo indicador até a boca, fingindo forçar um vômito. 

-Isso é a maior besteira de todas. Eu, Frank Iero, nunca irei chegar a tal ponto! -Resmungou, depositando um beijo na bochecha de sua mãe logo em seguida.

            O rapaz levantou-se, caminhando em direção às escadas ao que ouviu a voz de sua mãe ressoar outra vez:

-Onde é que você vai tão apressado?! -Ela questiona ao que procura por outro filme meloso no serviço de streaming.-Aposto que já está indo encontrar aquela menina de sorriso grande, não me lembro o nome dela, aah....-Um biquinho formou-se em seus lábios.-Jamia! Vocês formam um lindo casal, quando ela vêm aqui outra vez?

-Mamãezinha linda do meu coração....-Frank diz ao que se aproxima, voltando a sentar-se ao lado de sua mãe. -Já se esqueceu que eu sou um "Viadão sem Deus no coração" que nem o meu pai disse?! -Frank percebeu que estava se alterando, então bufou e respirou fundo, fechando os olhos por alguns segundos.- Olha mãe, eu nunca vou trazer uma garota pra casa e... Ew, ter relações com ela, nada disso. Eu gosto de garotos, garotos como eu, mas não se preocupa, um dia eu vou te dar um neto pra mimar. 

                             Frank se levanta outra vez, deixando a mãe reflexiva no sofá.

      O rapaz caminha até seu quarto, pegando sua toalha em uma de suas malas e correndo para o banheiro. Nunca em sua vida tomara um banho tão longo e cheio de cantoria, prestando a atenção nos mínimos detalhes, como aquele. Apenas por um banho como aquele, Frank já havia se atrasado cerca de cinco minutos, o que deixaria o espirito encrenqueiro de Gerard nada feliz.

     Por sorte, já havia decidido qual roupa usar: Sua bermuda bege e uma camiseta vermelha que, caso conseguisse conter a fúria alheia, voltaria com o cheiro do outro para casa. Frank tomou outro banho, porém, de perfume. Desembaraçou e secou os cabelos e, além de tudo isso, fez questão de se maquiar, sem esquecer-se de seu piercing, all star e carteira. 

       O baixinho desceu as escadas como se estivesse fugindo da policia, procurando pelas chaves reservas para que pudesse chegar em casa no horário que bem entendesse. Após encontrar os pequenos objetos, despediu-se de sua mãe com outro beijo, avisando onde estaria e correndo para o porão, onde sua bicicleta encontrava-se desde que fora jogado naquele maldito lugar para delinquentes.

     Frank pedalava como se sua vida dependesse disso e, mentalmente, agradecendo por o transito não estar "tããão" complicado como de costume. Quando chegou ao parque, teve de parar um pouco, tanto para respirar quanto para procurar por seu príncipe encantado.

Hig School For Bad Good Guys (Frerard, Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora