Dezoito: Aquele em que se respeita o meio ambiente

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   Os meninos estavam todos reunidos no laboratório do colégio. Os professores de biologia, química e física haviam decidido ceder seus horários para que os estudantes fizessem suas pesquisas referentes a feira de ciências que estava prestes a acontecer no sábado.  

-Precisamos ser inovadores, já estão todos cansados de ver esses projetinhos mixurucas em nossas feiras. Quero algo mais ousado, precisamos manter o nível de vencedores. Precisamos pensar em algo super hiper maneiro. -Ray diz, aproximando-se dos amigos de uma forma estranha e até mesmo assustadora.

   O cacheado estava bem contente depois de ter vencido o desafio do teatro e fazia questão de deixar bem claro para quem viesse com "Você só ganhou porque é filho do diretor" que ele e seu grupo eram pessoas originais e muito criativas, além de que a nota não vinha apenas de Sr. Toro e sim de toda a bancada presente no dia do evento.

-Que tal se inventássemos algo para apaziguar o mal cheiro vindo do vestiário masculino perto da quadra? -Gerard sugere como forma de cutucar Bob, afinal o loiro era um dos participantes do time.

-Nem uma tonelada do melhor desinfetante é capaz de deixar aquele lugar cheiroso, Gerd. -O cacheado responde.- Há boatos de que existem sapinhos mortos lá dentro e que há cuecas penduradas por todo o local. Eu, sinceramente, não sei como o meu pai pode deixar isso passar batido, é nojento!

 Frank anotava algo em seu caderno ao que observava o ambiente ao seu redor.

-Não há sapos mortos dentro do vestiário. E o lugar nem é tão fedido assim, é apenas o cheiro da vitória, o cheiro da testosterona e coisas de homem. Vocês deviam entrar para o time do colégio, dai saberiam do que estou falando. -Bob diz. Seu tom de voz soava ofendido, como se houvessem xingado sua mãe ou algo muito precioso para ele.

-Ah, eu discordo totalmente, isso se chama porqueira e falta de banho. Caso não tenha percebido, todos nós aqui temos testosterona e nem por isso andamos por aí com esse cheiro...-Ray engoliu em seco.-Peculiar. Nojento. Podre. Não sei como vocês conseguem namoradas. 

-Eu concordo com o Ray. O Bob é um merdinha que vive falando que eu sou mariquinha e que o meu perfume docinho de bebê vai acabar matando alguém, mas ele fede feito uma caçamba de lixo. Querido, por acaso já ouviu falar de chuveiro? Aliás, o Ray tá certo em relação às suas namoradas. Você deve fazer algum tipo de amarração, porque não há explicação. -Gerard resmungou.- E talvez nós realmente devêssemos entrar para o time, talvez assim vocês ganhem alguma partida. 

Bob levou a mão até o peito, sua boca abriu-se em um "0" perfeito.

-Escuta aqui, Branca de Neve, eu não faço amarração nenhuma, elas não resistem ao meu charme. E-e esse seu cheiro é pura enganação, porque quem te conhece sabe que você não é bebê nenhum e sim o próprio capeta. Eu não sei como o Frank aguenta você.

-Charme? Qual é Bob, você quer falar de charme comigo? Já se esqueceu de quantos garotos eu beijei nesse local, hm?! -Gerard gargalhou. Nem foram tantos assim, alguns apenas por diversão e cigarro. -Frankie me aguenta porque me ama, diferente das líderes de torcida que você pega.

Gerard abraçou Frank com força e sorriu.

-Frankie, se você quiser que eu bata no Bob, respire. 

   Frank sorriu diabólico, respirando fundo e audível, fazendo todos do grupinho gargalharem, menos Bob, que os encarava com desprezo. 

Hig School For Bad Good Guys (Frerard, Livro 1)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu