Vinte e Quatro: Aquele com os reflexos do tempo

49 7 9
                                    

♕♕♕

   Gerard corria por um dos corredores do colégio como se fosse um maratonista. Céus, ele estava tão animado, tão cheio de adrenalina que podia sentir seu coração saltitar com mais força, além de suas mão tremelicarem ameaçando deixarem o envelope que segurava cair. Mal podia esperar para contar a boa nova para Frankie.

   Desde quando se lembra, quando ainda era um pirralho na casa de sua avó, ao que ela lhe ensinava como usar as tintas corretamente ou até mesmo a não se furar com a agulha ao que ele insistia em querer costurar algo, ele sempre quisera ser um artista e, agora, ele imaginava que Elena, se estivesse viva, teria seu peito cheio de orgulho e lutaria para defendê-lo.

   Way sabia que não precisava de uma faculdade para ser um artista de verdade, porém, quando a carta de aprovação lhe fora entregue por um Sr. Toro completamente alegre, ele não pôde evitar sentir-se animado para aquela nova etapa de sua vida. Droga, o quão maneiro aquilo seria?!

   Ele abre a porta do quarto de maneira desengonçada, jogando o envelope sobre sua cama e sentando-se sobre ela para então conseguir tirar seus sapatos sem se esborrachar pelo chão. Gerard caminha até a cama de Frank, sentando-se ao lado do garoto que realizava suas últimas atividades de Sociologia.

-Eu tenho uma coisa bem legal para te contar, Frankiezinho! -Exclamou ao que balançava os pés de maneira incansável, como se estivesse prestes a ter um colapso.

Frank sorriu e então levou o lápis até a os lábios.

-Hmmm...-Um biquinho fofo se formou.-O Monnitoff faltou? -Questionou tão animado quanto o companheiro.

Gerard franziu o cenho.

-Você odeia tanto ele assim? Vamos lá, Frankie, ele é um gato e explica bem. Olha, não é isso o que eu quero te contar, é outra coisa, mil vezes melhor. Você só tem direito a mais um palpite.

   Frank não se importava se Gerard achava o professor Monnitoff um "gato" ou qualquer outra pessoa, tal como Gerard também não se importava com se seu namorado achava outra pessoa bonita também. Naquele relacionamento de tão pouco tempo, o que importava era o respeito, a verdade e a reciprocidade entre eles e, porra, era muito legal poder ver alguém e dizer "Amor, olha como aquela garota/garoto é bonita/o" e ter alguém para concordar ou discordar disso sem ficar brigando ou coisas do tipo.

-Você pode me dizer logo, por favor? Sabe que eu fico muito ansioso, Gee. -Ele resmunga demonstrando verdadeira curiosidade ao que se aproxima bem mais do namorado, cobrindo-o de beijinhos carinhosos em sua bochecha. -Vai, me conta!

-Tá, tudo bem, tudo bem! Eu vou contar, mas se prepara. Antes de tudo, você me promete que não vai surtar?

-Depende.

-Frankie...

-Eu prometo. Agora conta!

Gerard bufou.

-Lembra daquela prova que fizemos algum tempo atrás?

-Sim, o que tem?!

-E-eu passei. Eu fui aceito em Elizabeth Academy Of Art!

   Gerard assustou-se ao que viu o corpo de Frank se jogar contra o seu próprio ao que ele soltava um grito bastante agudo e feliz e ambos caiam da cama. Foi uma cena engraçada, Way tinha que admitir e o abraço que Frank e ele compartilhavam agora, ah, droga, era como se estivessem no céu e com todas aquelas gargalhadas.

Hig School For Bad Good Guys (Frerard, Livro 1)Where stories live. Discover now