Quatorze: Aquele em que o Sr. Toro interfere.

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Atenção: Este capítulo possui cenas que podem despertar gatilhos em pessoas com sensibilidade à conflitos familiares. Por favor, se você sente que ler isso pode te fazer mal, pule a cena e a sua leitura não será prejudicada.

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  Gerard caminhava vagarosamente pelas calçadas enquanto fumava seu cigarro. Anteriormente, sua mente ocupava-se em pensar sobre o quão aquele simples ato poderia destruir seus pulmões vagarosamente de forma a que os efeitos apenas fossem sentidos quando sua idade estivesse avançada. Ponderou se deveria parar de fumar, porém, pensou se realmente viveria tanto. Continuou a fumar.

  Respirando fundo, Way balançou a cabeça, afastando aqueles pensamentos para dar lugar ao fato de ter dormido nas mesma cama que Frank Iero. Ele sorriu automaticamente. Frank o havia despertado com vários beijinhos por sua face e um abraço caloroso. Eles conversaram um pouco, gargalharam baixinho a fim de não acordar a mãe do baixinho e então se despediram com um longo beijo.

  Way sentia-se nas nuvens, havia dormido tão bem e acordara tão... Uau, sentindo-se amado.

  Aquela sensação boa passou como em um piscar de olhos quando o garoto avistou a faixada de sua casa. A grama, antes esverdeada, agora prestes a morrer, a caixa de correios aberta e sem qualquer correspondência, além de estar perdendo a cor, o local coberto por algumas folhas. Sentiu uma dose de melancolia tomar seu ser ao que se aproximava cada vez mais.

  Gerard respirou fundo ao que se apoiava na árvore em sua calçada, era através dela que o menino sempre conseguia pular o muro. Ele sabia que podia simplesmente pedir para que seu irmão abrisse o portão, mas não queria envolver o Way mais novo em suas confusões. Tudo o que Gerard queria para Mikey era uma boa vida.

  Subiu a árvore com um pouco de dificuldades, porém, consegui agarrar-se ao muro e, avistando que nenhum dos itens de jardinagem encontrava-se pelo caminho, pulou para o lado de dentro, repreendendo a sim próprio pelo barulho de sua queda. Sem perder tempo, Way caminhou até a porta dos fundos, abrindo-a com toda a calma do mundo para que esta não fizesse algum barulho.

  Seria uma pena se Donna já não estivesse em acordada, sentada em uma das cadeiras próximas a mesa com uma xícara de café e, de brinde, uma expressão nada agradável.

-Onde é que você estava? -A mulher questiona em baixo tom, porém, Gerard sabia que aquilo não significava calmaria.

  Céus, ele queria correr dali e nunca mais voltar. Queria se esconder nos braços de qualquer pessoa que o fosse proteger. Queria nunca mais sentir o ódio de sua mãe ser destilado contra si. Queria sentir o amor dela pelo ao menos uma vez. Ele estava estático.

-E-eu dormi na casa do Ray, o pai dele deixou que nós fizéssemos uma noite do videogame m-mãe. -Respondeu ao que adentrava a cozinha.

  Donna se levantou, porém, caminhando vagarosamente em direção ao menino.

-E você acha que pode simplesmente sair sem me avisar?! Sem a minha permissão?! Acha que as coisas funcionam do jeito que você quer, Gerard, hm?! Me responda!

-E-eu...mãe...eu fiquei com medo de te pedir e não conseguir a sua permissão. Não queria perder a única oportunidade de me divertir com meus amigos!

  A mulher segurou o rosto de Gerard, apertando suas bochechas com força ao que o encarava com ódio em seu olhar.

-Você é tão medíocre até mesmo quando mente. Me diga Gerard, por que é que faz esse tipo de coisa comigo? Por que não pode ser um garoto normal como qualquer outro? Por quê?!

Hig School For Bad Good Guys (Frerard, Livro 1)Where stories live. Discover now