Quinze: Aquele em que Gerard se sente amado

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-Espera, feira de ciências? Já não somos um pouco velhos demais para isso? -Bob questiona ao que corre os olhos pelo panfleto entregue por Sr. Toro a cada um de seus alunos.

   Ray o encarou com cara de "E o que nossa idade tem haver com isso?"

-Acho que pode ser foda pra caralho, tem um monte de coisas legais que podemos fazer. -Frank interfere. -Olha, podemos formar um grande grupo e pensar em algo que deixará todos com os medíocres queixos no chão.

-Você parece já ter algo em mente. No que está pensando? -Ray questiona, estava realmente curioso quanto ao entusiasmo do baixinho.

-Explodir o colégio. -Iero responde da maneira mais natural possível.

-Tá explicado o porque de você e o Gerard estarem se dando bem. -Bob diz ao que enfia o panfleto de qualquer jeito dentro de seu armário. -Aliás, como ele está? Sabe se irá aparecer na classe hoje?

   Houve silêncio. Desde o dia em que voltaram para o colégio, Gerard e Frank compartilhavam a cama todas as noites porque, caso contrário, o mais alto não dormia muito bem, o que resultava em um humor muito mais ácido que normalmente. Ele havia saído do quarto pouquíssimas vezes desde o ocorrido, apenas quando Sr. Toro queria ouvi-lo ou quando sua vontade de fumar já não cabia mais no peito. Não dizia muitas palavras, comia apenas quando Frank o obrigava e decretou que apenas voltaria a assistir as aulas quando seu rosto estivesse melhor.

-Eu não sei, ele anda bem quieto, o que não é nada normal, levando em conta de quem estamos falando, porém, eu prefiro dar a ele seu próprio espaço. Gerard odeia que sintam pena dele ou que fiquem muito no pé quando ele está em crise. Hoje quando saí do quarto ele ainda estava dormindo e o maldito despertador estava desligado, então preferi deixá-lo dormir. -Frank respirou fundo. -Eu só tenho prestado a atenção quanto aos remédios dele, alimentação e essas coisas. -Completou.

-Você está fazendo a coisa certa. -Ray resmungou.

-É, eu espero que sim. Se eu não houvesse insistido para que ele dormisse na minha casa, essa merda toda não haveria acontecido e ele estaria me enchendo a paciência agora mesmo, eu aposto.

-Espera, vocês dormiram juntos na sua casa?! -Ray questiona quase que em um grito, chamando a atenção das pessoas ao redor.

   Frank o encara com os olhos arregalados, tossindo falsamente e esperando que os curiosos voltassem suas atenções para outras coisas para que pudesse continuar.

-Sim, dormirmos, mas não é isso que você está pensando! -Disse em um sussurro indignado- Ray, nós dois nos beijamos no show do Pink Faggot com uma trilha sonora perfeita, uma lua perfeita e o Gerard, ele me deixou sem fôlego e ele não correu. Porra e ele estava tão lindo, ele estava usando saia e tudo mais. Ele estava seguro e eu também. Eu tô afim pra caralho daquele protótipo de louco.

-Eu só vou te perdoar por não ter me contado que vocês finalmente se beijaram devido a tudo o que aconteceu, e cara... Não é sua culpa que a mãe dele seja uma desequilibrada do caralho. O show com certeza acabou tarde e foi muito melhor o Gerard ter passado a noite na sua casa do que ser assaltado por ai. Vai ficar tudo bem.

-Quero ser padrinho do casamento de vocês dois. -Bob, que passou um tempo apenas como expectador, retorna ao bate-papo com toda animação possível.

-Não é muito cedo para falar disso?! -Frank questiona com um sorriso nos lábios e sobrancelha arqueada.

-Temos que cuidar de todos os detalhes!

-Todos os detalhes incluem o fato de que estamos cinco minutos atrasados para a aula de matemática?

Hig School For Bad Good Guys (Frerard, Livro 1)Место, где живут истории. Откройте их для себя