Hig School For Bad Good Guys (Frerard, Livro 1)

Sete: Aquele em que há um sapo morto

    ♕♕♕

   O queixo de Ray foi de encontro ao chão em plena manhã de segunda-feira, ao que as silhuetas de Frank e Gerard fizeram-se presentes no refeitório do colégio. Bob, que no momento comia um terrível sanduíche de ovos, sorriu malicioso para os amigos.

-O que diabos aconteceu com vocês dois?! Eu saí por apenas dois dias e você passam pelo esquadrão da moda? Vocês estão ótimos! -O cacheado diz em uma mistura de espanto e euforia.

-Nós dois? Nada! -Frank e Gerard responderam em uníssono.

   Bob se levanta e, com suas mãos engorduradas, toca os cabelos recém tingidos de Gerard, encarando os fios de Frank logo em seguida.

-Como nada? Olha pra esse cabelo? E o Frank tá usando maquiagem, isso é claramente influência sua, Gerard. 

-Você está sujando o cabelo do Gerard, Bob. Se ele te deitar na porrada eu vou achar muito pouco! -Frank resmungou, fingindo irritação. -Olha, a gente só fez o que meninos como nós fazem. O Gerard tinha algum material que o irmão dele trouxe na última vez e em troca de ele me ensinar a usar maquiagem, eu pintei o cabelo dele. E também, nós dois...-Hesitou.-Conversamos. 

-Conversaram? -Ray questiona com certo ar de descrença. 

                                           Por outra vez, Bob sorriu com malicia. 

-É! -Responderam em uníssono outra vez. 

-Okay madames, saibam que eu fico muito feliz em saber que vocês estão finalmente se entendendo e que não vou precisar ir para um funeral, é claro, e muito menos visitar alguém na cadeia. -Ray abraçou ambos com força.- Olha, as férias de verão começam na próxima semana, o que acham de uma festinha na sexta-feira? Trouxe algumas coisas na minha mala. 

                                                Frank e Gerard se entreolharam.

-Ahm, eu não sei se é uma boa ideia. -Frank resmungou incerto.

-Relaxa Fronks, não vai ter tanta gente como da última vez, só alguns amigos no quarto do Torossauro, menos drinks e alguns jogos de rpg. -Bob disse, a boca cheia de sanduíche.

   Gerard achou que talvez fosse sua vez de intervir na situação, não só pela proteção do mais baixo, como para que não precisasse limpar o vômito de ninguém outra vez.

-Olha, eu não sei se é uma boa ideia mas nós dois iremos pensar sobre o assunto e então daremos uma resposta. Agora precisamos ir até o laboratório, há um pequeno sapo esperando por nós para que possa ser aberto. 

-Gerard tem razão. Até mais tarde, meninos. 

      Os dois se puseram a caminhar quase que automaticamente. Precisavam subir escadas até chegar ao laboratório, o que significava um Gerard ofegante e um Frank pulando degraus como se houvesse ingerido mil litros inteiros de energético. 

-Por que eles estão tão surpresos, Gerard? Quero dizer, se você se dava tão bem com o seu antigo colega de quarto, em algum momento se daria bem comigo também, correto? Talvez fosse apenas questão de tempo, quero dizer, foi. 

-Eu não sei. Talvez sim, talvez não. Eu só...Não sei. 

-A gente tava quase se matando antes do fim de semana, mas eu quero ser seu amigo.

    Way parou de caminhar, cruzando as mãos na altura do peito e bufando alto.

-Passado, Frank, só...Esquece isso.