Capítulo 15

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Helena

Hoje vou ao cemitério visitar a campa dos meus pais, faz 6 meses que eles faleceram, vou aproveitar para lhes levar umas bonitas flores, a minha mãe adorava girassóis. Vai ser um dia difícil e longo de suportar.
Sinto tanto a falta deles, o meu desejo era poder ter estado com eles na hora que o acidente se deu. Ao ponto desta hora estaríamos os 3 juntinhos no céu, ao invés disso fiquei para trás a viver no sofrimento. Dizem que o tempo cura, mas não cura a saudade que sinto. A vida tornou-se tão mais difícil, era uma menina mimada por eles. Vivia-mos numa casa alugada, era simples e cheia de amor, tinha um quintal e um jardim bonitos de se ver, sentir-se uma paz imensa. Quando fiquei a morar sozinha, sentia um vazio enorme e demasiadas lembranças, cada canto com uma história. Não consegui suportar a solidão então decidi mudar para um pequeno apartamento. Vivo com a minha gatinha Mia, é muito meiguinha e boa companheira. Amo tê-la comigo, agora é a minha família ❤️.

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Gabriel

Na sala de refeições está Gabriel e seu pai a almoçar, até que Victor decide dar uma boa notícia ao seu filho.

Victor: Gabriel tenho uma novidade para te contar, penso que vais gostar.

Gabriel: O quê pai?

Victor: Falei com a doutora Alexandra e consegui convencê-la a deixar o Rafael vir e ser tratado aqui em casa. Não foi fácil derivado ao que ele fez, mas como o juiz é meu amigo, consentiu também a vinda dele para aqui. A doutora Alexandra disse que ainda seria cedo e que no hospital há todo tipo de aparelhos para o caso de uma emergência. Disse-lhe que quanto a isso não haveria problema, pois eu compraria tudo o que seja necessário para a saúde de Rafael.

Gabriel: A sério pai? Que bom, fico feliz. Ao menos assim estaremos em família. Poderei estar junto e conversar com ele. Vá que ajude a ele a recuperar e a acordar mais rápido.

Victor: Sim, quem sabe... Vou mandar preparar um quarto com todo o equipamento necessário e vou contratar duas enfermeiras para intercalares oa dias uma com a outra e ir cuidando bem dele.

Gabriel: Obrigado pai, por se preocupar com o bem-estar do Rafael.

Victor: Apesar de tudo, não deixa de ser meu filho. Amo aquele miúdo, pena não ter cabeça...

Gabriel: Acredito que um dia ele ganhe juízo e talvez este tenha sido o erro necessário para ele mudar de atitude.

Victor: Então, isso quer dizer que já não sentes raiva da rapariga?

Gabriel fica quieto e pensativo por uns instantes.

Gabriel: Não misture as coisas. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Ainda não consegui superar a raiva que sinto dela. Preciso de tempo.

Victor: Muito bem. Tira o tempo que precises, desde que a deixes em paz, por mim está tudo bem.

Entretanto Victor sai para ir trabalhar, deixando Gabriel sozinho na sala de refeições, este aproveita para ligar ao Rui.

Gabriel: Estou puto?

Rui: Diz mano.

Gabriel: Chegas-te a ir ter com o Rufia?

Rui: Ainda não deu para lá ir mano, estou a tratar de umas cenas para a minha mãe e a seguir passo lá. Depois ligo-te.

Gabriel: Ok

Gabriel liga para Joseph.

Gabriel: Joseph alguma das miúdas aceitou o pedido de amizade que envias-te ontem?

Joseph: Sim, a Olívia aceitou o pedido e já estamos a conversar, logo logo arranjo um encontro de amigos.

Gabriel: Boa, é assim mesmo. Quanto mais cedo melhor. Olha uma novidade.

Joseph: Conta

Gabriel: O Rafael vai vir aqui para casa, o meu pai conseguiu convencer o pessoal a deixa-lo vir.

Joseph: Ótimo, assim acompanhamos mais de perto a recuperação dele e acredito que ele sentirá a nossa presença. Isso vai ajudá-lo vais ver.

Gabriel: Assim espero. Depois vai dando notícias.

Joseph: Sim, não stresses. Para já está a correr como planeado. Vá, fica bem.

Gabriel: Tu também.

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