Três dias se passaram...
Aquele desgraçado tem-me mantido a pão e água... Ainda por cima pão duro, quase quebro um dente... Quer matar-me lentamente á fome só pode!!!
Mesmo assim, não me posso queixar muito...poderia ser bem pior o castigo...
Estou a ouvir passos, ele deve vir aí.Gabriel entra no quarto com uma caixa de pizza, tamanho grande. Um belo aroma se sentia no ar... Cheirinho de pizza de salame e peperoni.
Gabriel senta-se e abre a caixa, acabadinha de fazer, ainda se via o vapor a percorrer o ar.
Assim que Helena enxerga aquela maravilha, seu olhos arregalam e engole em seco."Que é que este maldito estará a tramar???"
Gabriel: Hummmmmm... Que cheirinho gostoso, não concordas demónia?
Helena cerra os olhos desconfiada.
"Querem ver que quer vir para aqui meter nojo como da outra vez?'
Gabriel: Está pizza é toda para ti demónia.
"Quê?? Hummm...Deve estar para cair um Santo do altar... Aqui há coisa."
Helena: Qual é o senão?
Gabriel: Porque haveria de haver um senão?
Helena: Bondade a mais da tua parte para meu gosto.
"Ele ainda não provou nenhum pedaço da pizza, será que a envenenou?"
Gabriel: Trouxe este mimo porque não te tens alimentado bem estes dias, estás fraca.
Helena (desviando a cara para o lado e baixo dando um pequeno sorriso): Porque será....
Gabriel: Mas, tenho de admitir que tens razão. Há uma coisa que eu quero de ti.
Helena: O quê?
Gabriel: Que confessa o mal que fizes-te ao meu irmão.
Helena: Se eu fizer isso posso comer a pizza?
Gabriel: Exatamente.
Helena: E ir embora com a minha gatinha?
Gabriel: Óbvio que não.
"Está muito calmo, calmo demais para meu gosto. Algo aqui não bate certo. E se eu admitir o que ele quer ouvir, eu como e morro logo a seguir envenenada?"
Helena: Muito bem, farei isso, mas primeiro quero que faças uma coisa.
Gabriel: Não me parece que estejas em posição de pedir o que quer que seja.
Helena: Nesse caso podes ir embora com essa pizza.
Gabriel (dá um leve sorriso sarcástico): Deixa-me curioso, diz lá o que queres.
Helena: Come uma fatia de pizza.
Gabriel encara-a seriamente... Dá um suspiro... Vai e pega numa fatia de pizza, come-a em poucas dentadas.
Gabriel: Satisfeita?
"Se calhar estou a imaginar coisas, mas e se ele já desconfiaria de eu lhe fosse pedir e já tive-se uma de lado para comer e provar que não há nada?"
Helena: Ainda não.
Gabriel começa a perder a paciência.
Gabriel: INACREDITÁVEL. O QUE É AGORA, DIZ LÁ...
Helena: Depois de comeres metade de cada fatia de pizza eu confessarei.
Gabriel bufa enervado.
Gabriel: És mesmo desconfiada, olha bem então.
Gabriel come metade de cada fatia de pizza.
Gabriel: Pronto. Faz o que prometes-te.
Helena: Vamos esperar um pouco, quero conferir uma coisa.
Gabriel: Demónia não me faças perder a cabeça. Olha que eu abro essa tua boca e faço-te engolir cada fatiazinha de pizza. Estás a entender-me bem? Que tanta desconfiança é essa?
Helena: Só quero ter a certeza que não está envenenada.
Gabriel solta uma gargalhada.
Gabriel: Achas mesmo que se ela tive-se veneno eu iria comer?
Helena: Destes provas de seres capaz de tudo, poderias muito bem comer, sair daqui e vomitar tudo.
Gabriel: Isso não será uma desculpa para eu passar mais tempo aqui a fazer-te companhia?
Helena: Por muito bonito que sejas, olhar para ti dá-me asco. Dispenso a tua companhia.
Gabriel: Descansa, sinto o mesmo por ti demónia. Hoje estou de bom humor, vamos esperar um pouco mais até a diaba decidir que está livre de perigo.
Cerca de uma hora depois...
Helena: Penso que seja seguro.
Gabriel: Aleluia... Já não era sem tempo... Vá confessa.
Helena: Calma, primeiro eu como e depois confesso. Não vás tu levar a confissão e o resto da pizza embora.
Gabriel: Estás a abusar da sorte 😑 Come lá de uma vez por todas antes que eu mude de ideias.
Helena quase se babou toda quando sentiu o cheirinho daquela pizza e agora finalmente pode tomar-lhe o gosto. Mesmo já fria, sabia-lhe á melhor comida do mundo. Em poucos minutos devorou tudo o que restava dela.
Gabriel: Muito bem demónia, já tives-te o prazer de comer, agora confessa.
Helena(limpando a boca com a mão): Eu disse que confessaria, mas não disse quando.
Gabriel: Helena tens noção do que estás a dizer, de certeza que queres ir por esse caminho?
Helena: Sim
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Doce Vingança
General FictionLivro finalizado. Num belo dia de verão uma rapariga chamada Helena ela foi até ao seu banco depositar o cheque do ordenado entretanto aparecem três bandidos. Ela luta com um deles deixando-o inconsciente e ameaça os outros dois com a arma que apan...