Doce Vingança

Capítulo 47

Assim que Vítor terminou de tomar o seu belo pequeno almoço, levanta-se e pega na sua mala, dirige-se até á porta de saída. Gabriel segue seu pai e confronta-o.

Gabriel: Pai, o pai tem de pensar melhor sobre este assunto do casamento.

Vítor: Aí sim? E porquê?

Gabriel: Já imaginou o Rafael acordar do coma e ver eu casado com a pessoa que o deixou naquele estado??? Ainda para mais com o filho!!! O pai já pensou nisso?

Vítor: Que me importa se ele toma a mal ou não o vosso casamento. Foi ele quem começou está treta toda. Se seguisse os meus conselhos, ele não estaria nesta alhadas. Nem tu!
Se um dia ele acordar e não estiver bem, terá toda a liberdade só mundo de sair pela mesma porta que entrou e nunca mais voltar. Estou de saco cheio com vocês os dois.

Gabriel: Pai ...

Vítor: A conversa termina aqui. Aceita o teu destino de uma vez por todas Gabriel. Sê homem uma vez na vida.

Vítor entra no seu carro e segue o seu caminho. Gabriel observa-o de braços cruzados chateado.

Gabriel: Não aceito não! Hummm...

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Helena está no seu quarto andando para trás e para a frente a pensar.

Helena: Eu recuso-me a casar com aquele idiota, mas também não quero passar os próximos 20 anos encarcerada naquele quarto com ele!!
Preciso fugir daqui. Mas como?
O Gabriel nãoe ajuda, pois sabe que posso contar tudo a polícia.
Ele preferiria matar-me e enterrar-me, aliás só não o faz por conta de amecas do pai dele.
Ai que raiva, e pensar que quase consegui fugir daqui.
No fim de contas a culpa é daquele irmão dele. Deu cabo da minha vida.

Desde que Helena estava "solta" ela ainda não viu Rafael. Decidiu ir espreita-lo. Ultimamente só a enfermeira Rute é que cuida dele, a outra foi dispensada do serviço, para não correr o risco de se descobrir o que ali se encobria.

Rute: Menina Helena o que faz por aqui?

Helena: Vim ver o desgraçado que deu cabo da minha vida. Falta muito para ele morrer e acabar no inferno?

Rute: Meu Deus menina Helena, por favor não diga uma coisa dessas que é pecado desejar o mal de alguém!!! E olhe lá se o menino Gabriel não ande por aí e ainda a escuta. Nem quero imaginar 😨

Helena: Não se preocupe, eu espreitei da janela e vi-o a sair no seu carro agora mesmo.

Rute: Pois pois, mas as paredes tem ouvidos e nunca se sabe quem anda por aí a escutar.

Helena aproxima-se de Rafael e do nada dá-lhe uma bofetada bem forte deixando-o com a marca de sua mão em sua bochecha.
A enfermeira Rute levanta-se a correr da sua cadeira.

Rute: Que pensa que está a fazer, enlouqueceu? (Fala enquanto observa Rafael)

Helena: Qual o problema? O único risco que poderia ocorrer aqui seria ele acordar do coma.

A enfermeira Rute olha com os olhos arregalados para Helena.

Gabriel: Esse não seria o único risco não demónia.

Helena encolhe-se sem olhar para trás e sem sem dizer uma unica palavra. Só engolindo em seco.

Gabriel: Deixe-nos sozinhos. (A enfermeira ia a sair do quarto quando Gabriel a parou e avisou) Nem um pio do que se passa ou vai passar aqui. (Ela acena concordando).

Gabriel vai até Helena e pousa cada uma de suas mãos nos ombros de Helena apertando-os com força.

Gabriel: Com que então a bater em quem não se pode defender. Muito bonito.
Essa raiva deveria ser descarregada em mim, não nele.

Vira-se de frente para Helena, está mantém a cabeça baixa.

Gabriel: Que farei contigo?

Coração de Helena começa a bater a mil.

Gabriel: Nada, por enquanto. Vou esperar pela nossa noite de núpcias para me vingar.
(Com sorriso malicioso)

Helena: Que queres dizer com isso? (já o encarando).

Gabriel: Depois vês.

Helena: Eu vi tu a saíres á pouco, como é que já estás aqui?

Gabriel aponta para um canto do quarto onde se encontra uma câmara.
Helena olhou para ele com cara de idiota por não ter percebido a câmara.

Gabriel: Já agora, além de mim, o meu pai também pode ver no seu telemóvel.

Helena: 🤡

Gabriel: Boa sorte para logo com o meu pai 😏

Gabriel sai do quarto a rir-se como um desalmado.