Capítulo 29

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Ao fim da tarde, Gabriel vai conferir ao monitor como está Helena, ao vê-la apercebe-se que ela grita por seu nome - "GABRIEL...GABRIEL... VOLTA AQUI POR FAVOR, ISTO ESTÁ A DOER MUITO... GABRIEEEELLLLL. SOLTA-ME. EU NÃO TENHO CULPA... NÃO MEREÇO PASSAR POR ISTO... GABRIEEEELLLLL"- Helena está aflita com as dores, são insuportáveis.

É para aprenderes demônia, a não meteres o nariz onde não és chamada, agora sofre com as consequências dos teus atos.

Gabriel não ficou sensibilizado com o que vê, continua nos seus afazeres normalmente. Até que já de noite, por voltas das 23h voltou a conferir, desta vez não se ouvia nada, puro silêncio. Helena não se mexia. -"Será que ela morreu? Não, não é possível. Vou lá conferir". Gabriel foi a correr até ao quarto, entrando lá percebe que Helena está inconsciente e a sangrar dos pulsos de tanto que mexeu ao tentar libertar-se daquela tortura toda. - "Demônia?" - Gabriel toca no pescoço dela para sentir se há ou não pulsação, tinha, mas muito fraquinha. Ele solta-a daquele terrível instrumento de tortura, pega nela ao colo e deita-a na cama, sai para ir buscar um cobertor. Quando regressa, além do cobertor, trás também uma caixa de primeiros socorros. Primeiro cobre-a com o cobertor, deixando só os braços de fora para poder fazer o curativo nos pulsos. Desinfeta-os, coloca betadine e faz uma ligadura à volta de cada um. Acaba de a tapar e vai-se embora com o instrumento de tortura e a bandeja de comida que estava em cima da mesa a torturar psiclogicamente Helena.

Será que abusei? Ela parece estar bem mal. Não, não penses assim Gabriel, deixa de ser idiota, aquilo ali não tem perigo, de certeza que amanhã estará melhor.

Dito isto, Gabriel preparou-se para ir dormir. No dia seguinte levantou-se bem cedo, preparou leite com café e torradas para levar até Helena, visto que ela no dia anterior não comeu nem bebeu rigorosamente nada.
Entra no quarto e Helena continua na cama quieta. Gabriel vai até ela e vai abanando-a até esta obrigar-se a abrir os olhos. Extremamente cansada, Helena abre os olhos devagarinho e encara frente a frente o seu carrasco.

Gabriel: Trouxe-te o pequeno-almoço demônia, não podes dizer que não sou teu amigo.

Helena só o obeserva e ouve, está fraca demais para falar ou mexer.

Gabriel: Então? Não falas nada, o gato comeu-te a língua?

Helena olha-o com desprezo.

Gabriel: Vá, põe-te a pé e vai para a mesa.

Helena nem uma nem duas...

Gabriel: Não tens força para de levantares?

Gabriel percebe que ela realmente está muito fraca derivado à fome que tem passado e às torturas, já para não falar de uma boa quantidade perdida de sangue, não foi demais, mas foi o suficiente para a deitar abaixo. Gabriel acaba por agarra-la pela cintura e ajuda-a a ir até à mesa, senta-a e põe-lhe a comida mesmo à frente dela. Helena olha, mas não pega em nada.

Gabriel: Não tens fome? Porque não comes? Estás assim tão fraca que nem consegues comer?

Helena dá um suspiro e mantém-se em silêncio.

Gabriel: É por eu estar aqui? Se é por isso eu saio para comeres à vontade.

Gabriel sai, vai para o seu quarto observa-la pelo monitor. Helena continua ali parada sem tocar na comida. -"Mas o que ela pensa que está a fazer? Porque razão não se esforça para comer? Estará a fazer de propósito para eu ter pena dela, coisa que não tenho ou porque já desistiu da vida?" - Gabriel esperou impacientemente durante três quartos de hora (45 minutos) e nada de Helena começar a comer. - " Há é assim? Então já vais ver". Gabriel vai até ao quarto, senta-se ao pé dela, pega numa torrada, abre-lhe a boca e obriga-a a dar uma mordida e engolir. - "Se tu pensas que te safas assim tão facilmente, estás bem enganada demônia, eu não te irei perder, quero-te aqui bem o suficiente para te fazer sofrer, mete isso na tua cabeça".
Helena foi obrigada a comer tudo, ao fim Gabriel pega novamente nela e deita-a na cama.

Gabriel: Fica descansada, hoje e amanhã não farei nada contigo, além de tratar dos curativos e dar-te comida. Quero-te com forças para aguentares os próximos castigos.

Helena fecha os olhos já começando a chorar. Durante esses dois dias Gabriel cumpriu com o que prometeu e Helena ficou uma bocadinho melhor.

Doce Vingança Where stories live. Discover now