Um tempo depois com Helena já um pouco mais calma, retornam á conversa.
Vítor: Helena sente-se um pouco melhor agora para continuarmos?
Helena encara-o friamente.
Helena: Sim...
Vítor: Gabriel realmente acabaste por me facilitar a minha decisão, ainda pensei que poderia ponderar com o tempo, mas está mais que provado que é impossível. Tal comportamento não merece uma segunda chance. A tua frieza de agora á pouco é a prova de que necessitava para não sentir remorsos no futuro.
Gabriel: Que é que o pai quer dizer com isso? (Fala em tom um pouco agressivo)
Helena mantém-se quieta e pensativa.
"Espero que o pai dê um bom castigo a este palhaço".Vítor: Depois de tudo o que fizes-te com Helena e o prejuízo que me deste pensas-te que te irias safar com mísero pedido de desculpas?
Gabriel: Eu nunca pediria desculpa a essa miserável. NUNCA.
A si peço perdão pai, sei que errei consigo e os negócios por causa da minha vingança.
ELA MERECEU O QUE FIZ COM ELA, já o pai não... Desculpe.Vítor: Desculpas de nada servem neste momento. As coisas não estão boas para o teu lado. Se queres continuar nesta família terás de te sacrificar pelos teus erros.
Gabriel: Sacrificar? Que porra significa isso?
Vítor: Já vais entender.
Vítor pega num charuto, acende-o e dá uma passa, enquanto isso Gabriel e Helena esperam impacientemente pela resposta.
Vítor: Bom, eu pedi para tratar da carta de demissão de Helena com o meu advogado, de momento está desempregada e no estrangeiro durante mais umas semanas. Temos de manter a farsa até concluir o plano.
Helena: Não podia decidir isso por mim, é o meu trabalho, que vou eu fazer agora sem um emprego? Não sou rica como vocês.
Afinal que plano é esse? Diga logo de uma vez.Vítor: Calma Helena, eu tenho de fazer isto de forma que o meu filho não vá parar á cadeia, afinal de contas ainda é meu filho... Sabe antigamente resolver-se-ia de uma forma bem simples e prática, mas não quero usar esse método com a Helena. Encarei bem com a sua pessoa.
"Método? Qual método? Será.... será que ele quis dizer matar e enterrar-me? Meu Deus é mesmo isso.
Melhor manter-me calma não vá ele mudar de ideias".Helena: Hum...hum....
Gabriel já impaciente.
Gabriel: Fale logo de uma vez pai, por favor.
Vítor: Eu vou falar, agradeço que não me interrompas.
Eu cheguei a conclusão que não eduquei de forma correta os meus dois filhos, fui negligente com eles. Pouco contacto efectivo enquanto pequenos... para mim o trabalho sempre em primeiro lugar, até mesmo dos meus filhos... A presença do pai fez falta... Errei também em ter-lhe tirado o amor de mãe... Acreditava que se tornariam pessoas mais fortes. Infelizmente aconteceu o contrário. Criei dois fracos, um ladrão e um sádico.Gabriel: Eu não sou sádico!!!! Foi vingança!!!! Não ando por aí a torturar forte e feio qualquer um!!!
Vítor: Shhhhhh Gabriel, as tuas ações falam por ti. Sabes perfeitamente no teu inconsciente que estás errado, unicamente recusas-te a admiti-lo.
Gabriel - 😤
Vítor: Continuando...
Pensei...pensei e pensei mais uma vez e decidi que nenhum dos meus filhos tem capacidade de ocupar o meu lugar quando me for desta vida.
Talvez eu ainda possa resolver as coisas com um neto ou neta.
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Doce Vingança
General FictionLivro finalizado. Num belo dia de verão uma rapariga chamada Helena ela foi até ao seu banco depositar o cheque do ordenado entretanto aparecem três bandidos. Ela luta com um deles deixando-o inconsciente e ameaça os outros dois com a arma que apan...