Capítulo 24

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São 3:47h da madrugada quando Gabriel e Helena chegam até à mansão. Após estacionarem os carros, os dois entram em casa.

Helena: Caramba, reparei que tinhas pinta de ser rico, mas não ao ponto de parecer que vives num palácio. (Diz espantada com o tamanho e o luxo da mansão)

Gabriel: Não posso dizer que seja meu, tudo isto pertence ao meu pai, eu trabalho ajudando-o nos negócios da família.

Helena: Eu não sei, mas só esta entrada luxuosa é quase o tamanho do meu apartamento!

Gabriel: Que exagero.

Helena: Estou a falar a sério!! Um dia hás-de ir lá e vês.

Gabriel: Um dia talvez, mas para agora a menina é servida? (Gabriel deita whisky em dois copos com gelo, enquanto Helena aprecia o luxo da casa, ele aproveita e deita um pó na bebida dela que a fará adormecer em pouco tempo)

Helena: Nao sou muito apreciadora de whisky, mas para não te deixar mal eu aceito. (Disse sorrindo enquanto recebe a bebida)

Gabriel: Hum... Gosto da tua sinceridade Helena.

Gabriel senta-se no sofá e começa a esfregar a sua mão nele.

Gabriel: Senta-te aqui à minha beira para conversarmos um pouco.

Helena sentou-te e encostou sua cabeça a seu ombro. Gabriel aproveitou para lhe fazer carinhos no cabelo e na cara. Helena iludida só fixava o seu olhar no dele enquanto bebia.

Helena: Não quero conversar, quero um beijo teu.

Gabriel chega ao pé de sua boca e dá-lhe um beijo que durou um bom tempo até termina-lo.

Gabriel: Soube bem?

Helena: Soube a pouco, quero mais, muito.......mais......

Gabriel: Está tudo bem?

Helena: Não sei .... Sinto a cabeça pesada..... Um sono..........muito forte..........

Gabriel: Deve ser o pó mágico a fazer efeito, fica descansada, não te fará mal nenhum, ao contrário de mim.

Helena já não conseguia reciocionar nada, sentia um sono muito pesado, via a imagem desfocada já, o efeito desse pó é muito forte e rápido.

Helena: Não....... Estou....... não......perceber........(acabou por cair adormecida no colo de Gabriel).

Gabriel: Finalmente! Posso dar início à vingança. Vou ligar ao Rui e ao Joseph, vou avisá-los que deu certo e que já podem seguir o planeado.

Após ligar aos amigos, Gabriel pega em Helena ao colo e leva-os até à parte mais funda da mansão onde tem um pequeno quarto à prova de som e com câmaras de vigilância. Um quarto todo pintado de cinza, este tem WC, chuveiro, uma cama de solteiro com uns simples lençóis brancos, uma mesa encostada do outro lado da cama, umas algemas agarradas á parede e outras presas ao teto, uma cadeira agarrada ao chão virada para a entrada e, por último, tem uma corrente um pouco comprida agarrada à parede ao lado da cama. Este quarto era utilizado para torturar inimigos e traidores, mas já há algum tempo que não era utilizado. É um sítio feio e frio.
Gabriel entra no quarto, senta e prende Helena à cadeira.

Ela irá dormir ainda por um bom tempo. Vou aproveitar para dormir um pouco, quando acordar vejo pelos monitores se ela terá já acordado ou não.

Eram umas 10:39h de sábado quando Gabriel acordou, pôs-se a pé, tomou um banho rápido, vestiu-se e foi directo dar uma vista de olhos no monitor, ao observar pode constatar que Helena já estava acordada. Decidiu ir ter com ela, quando entrou no quarto, Helena parecia ainda estar sob o efeito do pó mágico, olhava com os olhos semi abertos para um lado e para o outro, parecia confusa e desnorteada.

Helena: Onde estou? Gabriel?

Gabriel encosta-se à parede com as pernas e os braços cruzados de forma a que ela o veja bem.

Gabriel: Bom dia bela adormecida, estás na minha casa, onde mais deverias estar?

Helena: Que se passa? Não estou a entender... Dói-me a cabeça... Não me recordo de nada, só lembro de estar com muito sono....

Gabriel: O sono é derivado à droga que te deitei no whisky.

Helena: Droga? Para eu adormecer? Então isso quer dizer....

Gabriel: Não quer dizer nada, não te violei, fica descansada, nem tal coisa me passa pela cabeça e só de pensar nisso dá-me nojo.

Helena: Nojo? Não estou a compreender...

Gabriel: Espera um pouco.

Gabriel sai por uns instantes e volta com um balde cheio de água fria. Atira a água à cara de Helena, esta deu um grito alto, não estava a contar, levou um susto. Apesar de lhe ter sabido mal, ajudou-a a acordar um pouco.

Helena (está a tremer de frio): Para que raio foi isso?

Gabriel: É uma boa forma para despertares, não resultou?

Helena: O que estou aqui a fazer? Porque estás a fazer isto?

Gabriel chega a sua frente, põe a mão no seu ombro, baixa um pouco e fixa-lhe o olhar.

Gabriel: Tu sabes porquê.

Helena: Juro que não sei, que mal te posso ter feito se não te conhecia de lado nenhum?

Gabriel: Sabes sim, pensa um pouco que lá chegarás. Por enquanto vou deixar-te sozinha, mais logo apareço aqui.

Helena: Não, não.... espera.... Não me deixes aqui sozinha....

Gabriel sai e tranca a porta. Helena começa a pensar no porquê de estar a passar por tal situação.

Não estou a entender nada. Credo que frio e fome... Ai a minha cabeça....
Qual a razão de me ter prendido aqui a esta maldita cadeira... Mal me consigo mexer...
Pensa Helena, pensa. Qual seria a razão mais provável daquele idiota fazer-me isto?

Helena pensou por uns momentos e os pensamentos começam a ficar mais claros acabando por chegar à melhor conclusão.

Espera aí, e se o Gabriel é um dos dois assaltantes? Deve ser isso, está a vingar-se por não ter conseguido fugir com o dinheiro e talvez por também ter feito com que o colega que ficou para trás tenha sido preso. Sim, só pode ser isso, não tem outra explicação. Os três viram-me a cara, por isso, a única explicação plausível é de que Gabriel é um deles e quer vingança.
Se eu estiver certa... provavelmente isto ainda acabará em morte....
Meu Deus, onde me fui meter? E agora?

Helena começa a chorar com medo do que Gabriel lhe irá fazer.

Ele vai matar-me e talvez torturar-me primeiro, sim porque se fosse só para me matar já o teria feito. Será que terei alguma oportunidade de conseguir escapar? Não sei... Ai não me sinto bem... Por quanto tempo é que ele pretende deixar-me aqui sozinha? Bom, enquanto estiver só também não estará a fazer-me mal.
Quero ir embora, não quero estar aqui, quero a minha casa, quero a companhia da minha gatinha....(fala em forma de desespero enquanto chora).

As horas vão passando e Helena acaba por adormecer de cansaço e fome.







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