Capítulo 39

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Helena vai descendo monte a baixo, tropeçando em alguns ramos caídos no chão.

Gabriel: HELENNNNAAAAA (entra no monte, vai observando o chão)
Eu consigo ver o rasto de sangue nas folhas demónia.
Em breve estaremos cara a cara.

Helena: "Rasto de sangue?"

Helena encosta-se a uma árvore, permanecendo-se agachada ela observa o seu corpo, fica em choque ao ver seu braço direito sangrar. "Como não dei conta? Que faço agora? Ele breve estará aqui!". Helena não para de tremer de medo. " Não tenho como cobrir a ferida, aparentemente é só raspão, nunca pior, mas mesmo assim vai perdendo algum sangue. Não há jeito, terei de o enfrentar novamente, não cheguei até aqui para morrer a meio do caminho".
Helena pega num pau que estava perto dela e espera atentamente por Gabriel.

Gabriel vai seguindo as "pistas" de sangue. Helena ouve os estalidos dos raminhos secos do chão ao serem postados por Gabriel. "Ele está perto". Helena espreita com muita cautela e repara que Gabriel está a uns 3 ou 4 metros de distância dela.

Gabriel: Estou perto não estou demónia (rindo), consigo sentir o teu medo no ar.

Helena taca o pau na cara de Gabriel, deixando-o meio atordoado e caído no chão.

Helena: Sente isto seu FDP (Helena foge dali a correr o mais rápido possível).

Gabriel: Aaaahhhhh sua fdp maldita, quando eu te apanhar.... (Levanta-se a correr, completamente furioso, continuando a sua caça).

Helena vai correndo monte a baixo até ir ao encontro de um rio.

Helena: Um rio?!

Gabriel: Heleeeeenaaaa!

Helena olha para trás e vê Gabriel com o nariz a sangrar, seus olhos demonstravam a raiva que ele sentia por ela naquele momento.
Ela vai se chegando cada vez mais perto do rio. "Se ao menos eu soube-se nadar..."
Gabriel aponta-lhe a arma ainda ao longe.

Gabriel: Pronta para pedir misericórdia?

Helena: NUNCA!

Gabriel: (com ar sarcástico)
Estás a dar-me muito trabalho demónia.
Estas sim... Mas não problema, meio que já me facilitas o trabalho. Matando-te aqui, já não preciso de te carregar desde lá de casa para enterrar-te algures no monte.
Só abrir um pequeno buraco, meter-te lá dentro, tapar bem rapidinho e trabalho feito. Ninguém mais se lembrará da tua inútil existência neste mundo. Não poderia haver melhor vingança, tenho tudo controlado.

Helena: (com as mãos levantadas) Vais matar-me logo de uma vez ou vais continuar com o sermão de meia tigela?

Gabriel dá um pequeno sorriso olhando para o chão e no mesmo instante volta a encarar seriamente Helena sem dizer uma única palavra.
Enquanto isso Helena só pensava que terminaria ali a sua vida, sentido-se frustrada por não ter tido a coragem de o matar a ele ao invés do contrário, afinal seria em legitima defesa. "Não era suposto ter terminado assim, pelo menos contento-me em saber que irei ter com os meus pais". Helena vai encarando Gabriel á espera daquela bem dita bala entrar-lhe no seu coração. "Porque ainda não atirou, está á espera de quê?"

Gabriel por alguma razão exitou em atirar em Helena, parecia estar num transe qualquer. Ela aproveitou o momento e atirou-se ao rio.
Gabriel arregalou os olhos. "Mas que merda eu estou a fazer?".
Ele corre até ao rio e percebe que Helena não sabe nadar, ou seja, se não morria com um tiro iria morrer afogada.

Gabriel: É demonia, realmente poupas-me o trabalho de matar e de enterrar.

Helena está aflita, está nitidamente a afogar-se. As poucas vezes que vinha ao cimo gritava por ajuda.

Helena: ALGUÉM ME AJUDE.........POR FAVOR.

Gabriel: Foi um desprazer demónia, vemo-nos no inferno.

Gabriel vira as costas e vai andando embora.
Até que Helena grita por seu nome.

Helena: GABRIELLLL

Ele para, abana a cabeça em negação.
"Foda-se".

Gabriel corre em direção ao rio, salta lá para dentro e vai em direcção a Helena. Esta já estava meio desmaiada. Ele agarra-a, leva-a para terra. Faz os primeiros socorros nela, vira Helena de lado, está cospe a maior parte da água que engoliu.

Gabriel: Não penses que te salvei por pena.
Mereces um bom castigo por tudo o que me fizes-te hoje. Não escaparas a uma boa tortura demónia.

Helena: Odeio-te.

Gabriel: O meu sentimento por ti é recíproco.

Gabriel carrega Helena em seus braços e segue em direcção a casa.
Quando entra repara que alguém o espera.

Gabriel: Pai?




Doce Vingança Where stories live. Discover now