3 | O que você não conhece

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      Apertei o livro contra o meu peito, escutando os estrondos do outro lado do balcão

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Apertei o livro contra o meu peito, escutando os estrondos do outro lado do balcão. O barman estava sentado do meu lado no chão e segurou firme minha mão quando ameacei levantar, embora Zayn tivesse me pedido para ficar ali.

— Não faz isso, é perigoso! — aconselhou. Eu não podia deixá-lo sozinho no meio de todos aqueles brutamontes, então eu entreguei o livro para o atendente.

— Segura isso. — E levantei, tendo de abaixar em seguida para desviar de um copo que arremessaram; bateu contra a estante atrás de mim. Procurei o Zayn com os olhos até encontrá-lo em um confronto com um dos homens de jaqueta.

O cabeludo foi para acertar-lhe um soco do lado direito do rosto, mas foi impedido com o antebraço, com o braço livre deferiu alguns golpes contra o abdômen do homem que foi empurrado tão fortemente que derrubou o de trás. Coloquei a mão por cima da boca, em seguida eu corri, dando a volta no balcão. Não parei até pular nas costas do que nos havia incomodado mais cedo, ele estava indo em direção ao Zayn, mas meus braços circundaram seu pescoço de tal forma que seu corpo pendeu para trás.

Batemos na parede. Escutei-o me xingar com a voz entrecortada e, apesar da dor nas costas, eu o chutei atrás dos joelhos. Como consequência ele perdeu o equilíbrio e caiu. Antes que eu pudesse partir para o próximo, fui agarrada pelo tronco; estava pronta para acerta-lo com o cotovelo senão tivesse sentido o cano gélido da arma que apontou para minha cabeça, propositalmente, a fim de impedir que eu continuasse.

— Fica quieta! — rosnou em resposta ao me ver tentar sair. Parei com os movimentos, tentando recuperar o fôlego. Não ia conseguir me soltar de qualquer jeito.

Zayn segurou um dos homens da gangue pelo braço, puxou-o próximo ao seu corpo e o acertou com o joelho, depois colocou força no local que segurava para derruba-lo no chão. Eu estava impressionada com a facilidade que teve em lutar com todos aqueles homens, e ele nem parecia exaurido ou ofegante, apenas o seu supercílio estava marcado por sangue, porém seus olhos vacilaram quando me procurou e visualizou a situação em que eu estava.

— Fica bem aí. Parado. — mandou o grandalhão atrás de mim.

Imaginei o que aconteceria a seguir: podia ser que ele resolvesse pedir dinheiro ou quisesse fugir com uma garantia de que não iríamos atrás. Várias hipóteses passaram pela minha cabeça em um curto espaço de tempo, todavia, quando o percebi mirar a arma no Zayn, eu soube que nenhuma delas era verdadeira. Estiquei a mão rapidamente para empurrar seu braço, contudo o homem tinha disparado algumas vezes quase que ao mesmo tempo que me movi. Acertei sua cabeça para que apagasse e chutei a arma para longe.

— Eu chamei a polícia! — o Barman saiu de trás do balcão. Eu estava no chão, do lado do Zayn, tinha tirado sua blusa de frio e, ao erguer a barra da camiseta que vestia, eu enxerguei a bala alojada na altura da cintura, a pele sangrava ao redor.

Submersos | Z.MOnde as histórias ganham vida. Descobre agora