29 | Estamos em dois mil e vinte cinco

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Dois dias antes Omaha, condado de Douglas





— Esse lugar é enorme, deve ter uma rede de segurança a cada metro quadrado — Reid observou. — Como vamos cobrir tudo isso se somos só nós três?

— Com a ajuda disso aqui — respondi, mostrando as bolinhas de metal. Conforme as joguei para cima, elas foram ativadas e ficaram ao meu redor. Ao todo, três.

— Deixa eu ver se entendi: essas bolotas vão se conectar ao processamento dos robôs inteligentes lá de dentro, que fazem boa parte da segurança desse prédio, então eles vão para as bases de carregamento e deixam a passagem livre?

— Sim — dirigi-me ao Tyler. — A não ser pelos que têm o suporte de carregamento acoplado. Esses não vai dar para desligar.

— Como é? — Spencer chamou nossa atenção para si. Percebi que ele ainda estava incomodado com o capacete, e todo o macacão em geral, pois tentava ajustá-lo na cabeça. — Eu achei que "passagem livre" realmente significava passagem livre.

— Não me diga que está com medo desse monte de lata — o outro implicou. Quase interrompi para dizer que, na verdade, a IA deles estava longe de parecer com sucata. — E já é a décima vez que você tira e põe esse capacete, dá para parar?

— Ele fica me mostrando seu peso, tamanho, espécie e áreas sensíveis no seu corpo toda vez que te olho, eu não consigo pensar direito com tudo isso no meu rosto.

— Esse cara realmente trabalha na UAC? — disse para mim enquanto eu movia a mão esquerda coberta pela luva que comandaria as esferas. Em um piscar de olhos, já estavam rodeando o prédio iluminado.

— Eu não sou polícia de combate em campo.

— Deu para notar.

— Agora. Vamos. — Percebi a luz verde acender nos três objetos voadores, então saímos de trás das árvores em direção à entrada. Passar pela tela de proteção transparente foi a parte mais fácil, afinal os trajes impediam que nossos corpos fossem repelidos.

As portas da frente foram abertas e, ao entrar, vimos que a recepção estava vazia, porém os equipamentos continuavam ligados, o que indicava que tudo estava acontecendo de acordo com o esperado. As esferas agora estariam trabalhando em reconhecer a Barbara em meio aos humanos e humanoides.

No segundo andar, encontramos as primeiras salas de estudo ou experimento, era aqui que uma fração dos biólogos e cientistas ficavam conforme as minhas memórias. Havia também quatro corredores preenchidos por essas salas, todos em direções distintas.

— Vamos nos separar. Se houver qualquer imprevisto, usem o ponto — pedi, em seguida escolhi um corredor.

Passei rapidamente pelos quartos, mas tudo o que havia lá era humanoide, todos dentro de um cilindro gigante, desacordados. Troquei de corredor, depois de andar. Olhei no visor do meu braço e vi que os detectores tinham feito a limpa por pelo menos quatro andares a partir do último, no entanto não encontraram nada.

— Onde você está? — sussurrei mais para mim mesmo, voltando a olhar dentro dos cubículos de experimento. Em um deles o humanoide estava deitado em uma espécie de maca, vários braços mecânicos seguravam peças de metal diferentes para formar o seu tronco. Passei direto.

Gente? — Escutei o detetive chamar. Eu e Tyler respondemos. — Eu acho que não vamos encontrá-la em nenhuma sala dessas. Se o Thomas a queria tanto, provavelmente ela está com ele agora. Duvido que ele confiaria a posse dela a outro alguém. Temos que achá-lo.

Ele tinha razão.

Zayn, em qual andar você acha que podemos fazer isso? — A voz do Tyler soou no meu ouvido direito.

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