Capítulo 1. Novo ajudante & Ideias ruins

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O Louis aqui é loiro e irmão da Joalin



Boa leitura!

- Maldição! - O bruxo gritou em irritação, atirando um frasco erlenmeyer de vidro na parede mais próxima. Resultando em um líquido viscoso e esverdeado formar uma gosma estranha na parede de madeira, logo se petrificando ali. - Olha o que você fez! - Os olhos azuis se tornaram escuros e ele olhou com raiva para o seu ajudante.

- Me desculpe, senhor Beauchamp. - O acastanhado arregalou os olhos, encolhendo os ombros. - Eu confundi os olhos de salamandra com os olhos de viúva negra! - Se explicou, logo se escondendo atrás da mesa de madeira quando o bruxo ameaçou atirar outra poção no ajudante.

- Está demitido, Alex. Você é o pior ajudante que eu já tive! - Josh revirou os olhos. - Maldita hora que eu fui transformá-lo em humano! - Bufou, passando a mão pelos cabelos.

- Eu.. - Alex se aproximou do bruxo, cauteloso com cada passo. - Sou muito grato por isso, senhor Beauchamp. O senhor salvou esta pobre garça de se tornar comida de crocodilo! - Juntou as mãos agora humanas, agradecendo ao mais velho, que apenas revirou os olhos.

Herdeiro de uma antiga linhagem de bruxos em Nova Orleans, Josh residia em um pântano da Louisiana, onde era o ponto predileto para práticas vudu, antigamente. Relatos sobre zumbis que vagavam pelo pântano e rituais de sacrifícios humanos feitos pelos senhores de fazendas para manterem a prosperidade eram comuns. E era por isso, que a cada ano, no dia das bruxas, crianças e adolescentes visitavam o pântano no meio da noite para confirmarem se as lendas eram verídicas.

Mas, bem, grande parte das histórias contadas sobre aquele lugar não passavam de lendas urbanas. Josh nunca havia visto nada de assustador naquela floresta além de animais peçonhentos, crocodilos, lama e muito musgo.

Apesar de ser um bruxo solitário, Josh se sentia bem em estar ali, ele tinha sua pitoresca e simples casa próxima ao rio, e agora tinha a companhia de Alex, uma ex garça que Josh havia salvado.

Josh conseguia se conectar com os animais, seus dons o permitiam ouvir o que se passava na mente de cada bicho naquela floresta, e ao ver a pobre garça implorando por misericórdia enquanto estava prestes a ser devorada por um crocodilo às margens do rio, o bruxo não pensou duas vezes antes de salvá-la.

- Acredite, Alex, eu me arrependo todos os dias por isso. - Josh suspirou pesado, passando a mão pelos cabelos loiros escuros. - Estou considerando levá-lo mais uma vez até aquele crocodilo, creio que ele guarda rancor por eu ter pegado o almoço dele. - Deu de ombros e Alex abriu a boca em ofensa.

- Por favor, senhor, não faça isso, eu faço qualquer coisa! - Os olhos castanhos do moreno o fitaram em desespero, mas Josh apenas jogou a cabeça para trás e riu verdadeiramente.

- Não se preocupe com isso, Alex. - Josh negou com a cabeça. - Mas eu preciso de um favor.. - Continuou, indo até a sua mesa. - Preciso que vá até a cidade e faça as compras da semana, compre frutas, verduras, pimentas e cravos, ervas finas também seriam ótimas. - O bruxo continuou, enquanto anotava tudo que dizia em um papel amarelado. - E por favor, não confunda rabanetes com berinjelas mais uma vez. - Pediu e Alex assentiu rapidamente.

- Não irei, senhor Beauchamp, eu prometo! - O acastanhado disse.

- Espero que não, ou teremos problemas. - Josh disse sério, entregando o papel a Alex. - Volte antes do entardecer! - Pediu.

- Certo. - Alex mordeu o lábio inferior, assentindo e saindo pela porta de madeira em seguida.

Josh bufou entediado após o acastanhado sair, ele definitivamente precisava de um novo ajudante. Talvez um crocodilo fosse mais útil que uma garça em forma de humano.

Bewitched || N.B Where stories live. Discover now