Capítulo 5. Vivendo e aprendendo

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Boa leitura!

– Obrigado por comprarem no Glory Days, tenham uma ótima noite! – O moreno deu um sorriso para o casal de idosos, os entregando os objetos que haviam comprado em um embrulho para presente.

– Eu que agradeço, jovenzinho. Você é adorável! – A senhora apertou uma das bochechas de Noah e o mais novo riu sem jeito.

Assim que o último badalar do pequeno sino acima da porta foi dado, Noah soube que era a hora de fechar.

O moreno tirou o seu avental de trabalho com o nome do antiquário bordado e o guardou no armário dos funcionários, aproveitando para pegar o molho de chaves e o cadeado para sair dali.

Após sair da pequena loja, Noah se virou para unir as duas portas de vidro de empurrar, as trancando e colocando o cadeado logo em seguida.

Noah não pôde conter um grito ao se virar para ir embora e encontrar Josh, o feiticeiro tão próximo do moreno quanto o mais novo poderia imaginar.

– O que é, garoto? – Josh franziu as sobrancelhas ao ver o outro recuar. – Até parece que viu alguma assombração. – Negou com a cabeça. – Venha, não temos muito tempo. – Se virou e ajeitou a jaqueta de camurça que vestia por cima do suéter de cor preta e gola alta, assim como uma calça skinny escura e vans pretos.

O moreno assentiu, respirando fundo antes de seguir o bruxo, franzindo as sobrancelhas ao ver que havia um táxi estacionado em frente ao antiquário. Decidindo entrar no carro após ver o mais velho fazer isso.

– Ahn... Como você sabe onde eu trabalho? – Noah perguntou assim que entrou, se sentando ao lado de Josh no banco de trás.

— Pântano da Louisiana. – O feiticeiro avisou ao motorista, que apenas assentiu enquanto mantinha o olhar parado. Noah achou isso estranho mas preferiu não comentar. — Eu sei de tudo, meu caro. – Os olhos azuis fitaram o moreno por alguns segundos.

– Pelo visto sim. – Noah esfregou as mãos na calça jeans que vestia.

– Não, é mentira. – O bruxo voltou a dizer e Noah o lançou um olhar confuso. – Você colocou na biografia do seu Instagram que trabalhava aqui, com arroba e tudo.

Josh desviou o olhar, mantendo o maxilar travado e os olhos azuis atentos na noite e principalmente no trajeto. Noah levantou as sobrancelhas em surpresa e aproveitou que o mais velho não estava olhando para poder encara-lo um pouco.

– E v-você... — O moreno apertou os olhos e pigarreou. — Você tem Instagram? – Perguntou.

– O meu, o do taxista, é a mesma coisa. — Josh deu de ombros, devolvendo o celular que segurava entre as mãos para o homem que dirigia.

Noah riu baixo e mordeu o lábio inferior, desviando o olhar quando Josh o encarou com uma expressão séria. Um suspiro escapou dos lábios cheios e os olhos verdes focaram na paisagem através do vidro do carro.

O feiticeiro mordeu a própria língua para não sorrir com o fato do quanto intimidava aquele garoto, decidindo fazer o mesmo que o mais novo e voltar a prestar atenção no trajeto.

O resto do caminho foi silencioso, tendo apenas o som das rodas do carro em contato com a estrada de terra do pântano, após longos minutos.

Quando chegaram, Noah desceu do carro primeiro e suspirou nervoso ao ver a entrada da floresta, o mesmo caminho que ele  os amigos percorreram quando vieram acampar. Seria ali o seu fim? Assassinado em uma noite escura com apenas uma testemunha, ou talvez nenhuma?

– Você não irá se lembrar que nos deu carona. – O feiticeiro encarou o homem, apertando um pouco os olhos.

-Eu não me lembrarei disso. – O motorista repetiu, o olhar parado como Noah havia reparado mais cedo, o homem de meia idade parecia estar preso em uma espécie de hipnose. – A corrida deu vinte dólares, senhor. — Continuou, devagar.

Bewitched || N.B Where stories live. Discover now