14 - Encontros e Ameaças

59 6 51
                                    

Lauren

Vi Murphy parado, de mãos erguidas em frente do corpo e franzi o cenho. Algo estava errado.

Chamei a atenção do meu pai e indiquei Murphy. Ele entendeu e assentiu, indicando os carros e fazendo sinal para eu ir por um lado e ele por outro.

Senti um aperto no peito. Afinal existiam mais pessoas vivas. Mas que merda era aquela?

Me aproximei de um carro, ordenando a Zeus para se manter quieto, e subi, erguendo o arco e mirando o homem da besta.

- Abaixa isso, agora. - Falei.

Ele me olhou e mirou a besta em mim, mas meu pai apareceu do outro lado, junto da garota e ergueu o rifle.

- Se eu fosse você não faria isso, rapaz.

O estranho olhou de canto para Bill e depois de novo para mim, sem nunca abaixar a besta.

Olhei ele. Era alto, de olho azul e cabelo escuro, quase negro. Vestia roupas negras e botas, e parecia selvagem. Seus braços nus, estavam cheios de tatuagens e pareciam fortes, sendo bem definidos, bem como o peito que se distinguia na perfeição por baixo do tecido da camiseta.

No total, ele até que era bonito.

Ele continuava com aquele olhar forte em mim, mas atento a qualquer movimento de Murphy e Bill. Isso mostrava que ele estava acostumado a se defender de vários alvos.

- Quem é você? - Perguntou Bill.

O estranho se manteve em silêncio e meu pai assentiu.

- Tudo bem. - Ele mudou seu alvo, mirando a garota, e o estranho se mexeu, mirando a cabeça dele.

- Deixa ela. ‐ Sua voz era forte e grave.

Olhei meu pai, que se mantinha firme, mas eu sabia que ele não iria atirar na garota.

O estranho olhou de canto para mim e depois para Murphy.

- Sem chance, rapaz. - Disse Bill. - A Lauren ali, matava você antes de a sua flecha atingir o Murphy.

Ele me olhou por cima do ombro e depois suspirou. - Abaixa a arma. - Falou olhando meu pai. - Atira em mim, mas deixa a garota.

- Não. - Disse a garota, visivelmente perturbada. - Olha, deixa ele em paz. Não mata ele, por favor.

Troquei um olhar com meu pai e ele assentiu, abaixando o rifle e olhando o estranho. - Sou o Sargento Caine, não vou atirar na sua amiga. Pode abaixar a besta?

O estranho não parecia confortável com isso e me indicou com a cabeça. - Só se ela abaixar o arco.

Meu pai me olhou e eu suspirei, abaixando o arco.

O estranho abaixou a besta.

Fiquei em silêncio, olhando eles. A garota, parecia nervosa, mesmo tendo um cinto cheio de facas. Era loira, bonita e de olho azul.

Bill ergueu a mão. - Vamos com calma, sim? De onde vieram?

O rapaz franziu o cenho. - Como assim? A gente sempre esteve aqui. Ela estava em casa e eu trabalhando quando aconteceu.

Meu pai assentiu. - É da sua família? - Indicou a garota.

- Agora é.

Murphy trocou um olhar comigo e eu soube o que ele estava pensando. Aqueles dois tinham se encontrado assim, do nada, e permaneciam juntos, como nós.

Suspirei e ergui a mão. - Sou a Lauren, aquele é o Murphy e esse é o Bill. E vocês?

A garota me olhou, mas depois olhou o homem e eu soube que ela confiava nele até de olhos fechados.

LegadoDove le storie prendono vita. Scoprilo ora