38 - Bombas

30 1 52
                                    

Lauren

Semanas depois...

- Quero homens nos muros. - Falei para Mark, enquanto andávamos pelo pátio. - Todos os que forem dispensáveis, vou levar comigo.

Mark assentiu. - Acha boa ideia?

Ergui o queixo. - Acho. É um ataque surpresa, não estão esperando, não tão cedo. E agora... - Olhei ele. - Agora a gente tem bombas de verdade.

Mark assentiu. - Vou preparar tudo.

Assenti e coloquei as mãos na cintura, olhando em redor.

Vi Jared se aproximando e parar do meu lado. Sorri, um sorriso pequeno, mas um sorriso mesmo assim.

Ele indicou os homens. - Vamos em frente, né?

- Vamos.

Ele assentiu. - E levaremos os carros que o seu pai achou, aqui?

Assenti. - Exatamente. - Suspirei. - Eu sei que você acha que isso é uma burrice.

Jared tocou no meu rosto e assentiu. - Acho, mas... Não tem outro jeito. Somos nós ou eles.

Assenti e ele me beijou, se afastando depois. - Obrigado, J.

Ele me sorriu e colocou um braço sobre os meus ombros, e fomos até o meio do pátio, onde Murphy estava com Ashley.

Ele nos olhou e eu sorri.

- Não vai ficar, né?

Murphy negou. - De jeito nenhum.

Ashley levantou. - Nem eu.

- Ash... - Disse Jared.

Ela ergueu o dedo. - Não! Eles mataram o Bill! Eu vou junto!

Abaixei o olhar, mordendo o interior da bochecha e depois percebi que Murphy se aproximava e ergui o olhar.

- Posso falar com você? - Perguntou.

Assenti, toquei no braço de Jared e me afastei. Nos afastámos das pessoas e depois Murphy parou na minha frente.

- Já entendi que vai mesmo fazer isso. Mas você está pronta?

Franzi o cenho. - O quê?

Murphy tocou com o dedo na minha testa. - Aqui e... - Tocou no meu peito, acima dos seios. - Aqui. Sabe separar as duas?

Respirei fundo. - Murphy....

- Sabe ou não?

-Eu estou bem.

Ele fez uma cara estranha, de quem não acredita em mim, e depois puxou um pouco a jaqueta que eu vestia.

- Está mesmo?

Suspirei. - Sim. Vou fazer isso com a minha cabeça, não o coração, e a jaqueta fica. Não quero estragar.

- Lauren, é cedo.

- Exatamente por isso. - Encarei ele. - Eles mataram o meu pai, na minha frente. O meu pai, Murphy.

Ele suspirou. - Eu sei.

Depois, sem pensar muito, abracei ele, apertando forte nos meus braços. Senti uma lágrima caindo pelo meu rosto.

Murphy me abraçou de volta, em silêncio.

- Eu prometi. - Falei. - Prometi matar todos eles.

- Só acho que é cedo.

- Não vão estar esperando.

Ele assentiu. - Tá.

- Obrigada por estar comigo, de verdade, se não fosse você, eu teria feito alguma idiotice.

LegadoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang