30 - Uma Enorme Burrice

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Empurrei o homem, amarrado, para dentro do caminhão e encarei ele.

- Qualquer gracinha, se a gente for atacado na estrada, se minha amiga aqui for atacada... Eu descubro vocês e eu mato todos. Vou explodir com o vosso esconderijo até não restar nem um grão de poeira vossa. Entendeu?

Ele assentiu.

Me afastei e fiz sinal para Ashley. Ela iria na pick up e eu no caminhão, com um monte de corpos e um idiota.

Avançámos pela avenida, com o homem dando indicações.

- É bom que isso seja real. - Avisei.

- E é, moça.

Assenti.

Parámos na frente de uma casa grande e eu fiquei olhando ela.

- Aqui?

O homem deu de ombros. - A gente não vive aqui, só trouxemos seus amigos para cá.

Abri a porta do caminhão e pulei no chão, segurando o arco em uma das mãos. Dei a volta, abri a porta do homem e puxei ele para fora, levando comigo.

Ashley se aproximou, olhando em volta e depois tocando no meu ombro, fazendo sinal para o lado da casa.

Vi a pick up do Murphy e a moto do Jared.

Respirei fundo.

Um grupo, pequeno, de homens surgiu, eram cinco no início, mas eu consegui ver mais pelas janelas.  Olhei o andar superior, procurando snipers, mas não tinha nada.

- Quantos? - Perguntei ao homem do meu lado.

- 10.

Assenti.

Um deles deu um passo em frente, sorrindo e indicando o homem que eu segurava.

- Quem são vocês e porque meu homem vem amarrado?

Encarei. - Você é o líder?

Ele colocou as mãos na cintura. - Do grupo todo? Não. Mas sou o chefe desse bando aqui.

Olhei eles e assenti. - Quero meu pessoal. Os cinco, vivos.

Ele sorriu. - Quer? E quem é você para exigir o que for?

- Lauren Caine, e se você não me trouxer meus amigos, vai lembrar do meu nome. Por séculos.

- Nossa! Bravinha, hein? Não tem medo, não?

Sorri sem vontade. - Não, aprendi com o melhor. Quero meu pessoal, agora!

- E vai trocar apenas um dos meus por cinco dos seus? - Ele afastou os braços. - Não é muito justo.

Soltei o braço do homem por dois segundo e bati com o punho esquerdo, fechado, na parte de trás do caminhão, voltando a agarrar o homem.

- Seus amigos estão todos ali.

O homem me olhou e depois olhou o outro. - É verdade, Henry?

- É, é sim chefe. Não falta nenhum.

Ergui o queixo e vi ele olhar o caminhão e depois para mim.

- Se você estiver mentindo...

- Vai fazer o quê? Atirar? Não vejo armas de fogo.

Ele sorriu. - Menina, sei fazer muito mais do que atirar uma arma.

Nesse momento, Ashley, rápida que nem trovão, tirou uma faca do cinto e lançou na direção do homem. Meu coração parou, imaginando uma luta ali mesmo, até á morte, mas a faca passou a centímetros da cabeça dele, se espetando na porta.

LegadoWhere stories live. Discover now